Oposição reclama "oportunidade única" para Governo reparar situação dos professores

| Política
Porto Canal / Agências

Lisboa, 21 nov (Lusa) -- A oposição alertou hoje o Governo para a "oportunidade única" de corrigir até final do ano o "tratamento discriminatório", apontado por Bruxelas, no que aos professores contratados a termo diz respeito.

"O Governo tem aqui a oportunidade de corrigir algo para o qual até a União Europeia apontou o dedo", declarou o deputado do BE Luís Fazenda no debate na especialidade do Orçamento do Estado (OE) para 2014.

A Comissão Europeia fixou na quarta-feira um prazo de dois meses para que o Governo português acabe com o "tratamento discriminatório" de professores contratados a termo.

A deputada do PS Elza Pais, por seu turno, definiu como "absolutamente insustentável" o corte previsto para o Ensino Superior, lembrando que o mesmo "já levou a uma rutura de relações" entre o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) e o Governo.

A deputada do PSD Nilza de Sena lembrou por sua vez a proposta da maioria na especialidade que diz que as entidades superiores não podem proceder a contratações apenas se estas implicarem um aumento do valor total das remunerações face ao último dia do ano de 2013, retirando a obrigatoriedade de uma redução de 3% na massa salarial.

"Estivemos sempre abertos ao diálogo. Foi a partir dele que se produziram resultados. Não posso deixar de afirmar que todos os setores de atividade devem ser chamados ao exercício de rigor, consolidação orçamental e cumprimento de metas. O primeiro passo deve ser o do diálogo, não o da rutura", sustentou a parlamentar social-democrata.

O Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) anunciou esta semana o corte de relações com o Governo na sequência das negociações sobre as dotações do Orçamento do Estado do próximo ano e a reestruturação da rede de Ensino Superior.

Além de anunciar o corte de relações com o Governo, o presidente do CRUP pediu a demissão do cargo face à "generalizada falta de diálogo" e "quebra de compromissos assumidos" por parte do Governo.

Numa reunião realizada na terça-feira na Reitoria da Universidade do Minho, em Braga, o CRUP decidiu suspender a participação em reuniões com o Governo no que diz que respeito às dotações do OE do próximo ano e à restruturação da rede de Ensino Superior.

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