Cimeira Mundial de Saúde vê em Coimbra uma ponte para os países lusófonos

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Porto Canal com Lusa

Coimbra, 11 jan (Lusa) - O presidente da Cimeira Mundial de Saúde e da Aliança M8 sublinhou hoje que Coimbra é uma "fonte de enriquecimento científico" para as discussões na área da saúde e uma ponte de ligação às comunidades lusófonas.

"Para nós, Coimbra é uma porta aberta para as comunidades lusófonas, como Paris é para as comunidades francófonas", afirmou à agência Lusa Detlev Ganten, presidente da Aliança M8 - o G8 da Saúde - e da Cimeira Mundial da Saúde, que recebeu hoje o grau Doutor Honoris Causa atribuído pela Universidade de Coimbra (UC).

Portugal, representado pelo consórcio Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) e UC, foi admitido a 11 de outubro de 2015 na Aliança M8, cuja rede é a base académica de excelência e na qual está assente a organização da Cimeira Mundial de Saúde, fórum anual para o diálogo sobre os cuidados de saúde.

Para Detlev Ganten, Coimbra é uma fonte de enriquecimento "científica, estrutural, política e económica" para as discussões que hoje são debatidas na área da saúde.

A cidade tem uma "universidade maravilhosa, onde se faz excelente ciência, e um hospital fantástico", notou o presidente da Aliança M8, que falava à agência Lusa à margem da atribuição do grau Doutor Honoris Causa, cerimónia que contou com a presença do secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado.

No entanto, a característica "mais importante" de Coimbra e, consequentemente, de Portugal, é a rede que permite estabelecer com os países lusófonos, como Moçambique ou Angola, referiu, recordando ainda a ligação do país à América do Sul, bem como à Ásia, onde os portugueses foram "pioneiros" na transmissão da cultura ocidental.

A Universidade de Coimbra é "uma instituição de grande tradição, prestígio científico e influência intelectual" não apenas no país, "mas também na Europa e em todo o mundo", disse o especialista alemão em Farmacologia, durante o discurso da cerimónia da atribuição do grau Honoris Causa.

A tradição, constatou, representa "um desafio" da UC para "continuadamente se abrir a novas circunstâncias com criatividade e com uma mente aberta, sem perder o compasso e os valores".

Além disso, a tradição providencia também uma identidade "corporativa e estabilidade" e assume-se como uma "âncora em tempos conturbados".

"Nos tempos conturbados de hoje, assim como na história, nós na academia e na Aliança M8 podemos ajudar a dar ao mundo inspiração, orientação racional e um compasso intelectual para fazer do mundo um espaço melhor e mais seguro", afirmou Detlev Ganten.

A Aliança M8 tem como missão principal a melhoria da saúde a nível global, promovendo a investigação translacional, bem como a inovação na abordagem da prestação de cuidados, almejando o desenvolvimento de sistemas de saúde eficazes na prevenção da doença.

A conferência intercalar da Cimeira Mundial de Saúde de 2018 vai realizar-se em Coimbra, a 19 e 20 de abril.

A decisão foi votada por unanimidade, em Berlim, na Alemanha, durante a assembleia-geral da Aliança M8, organizadora da Cimeira Mundial de Saúde, em outubro de 2016.

De acordo com o consórcio português CHUC/UC, são esperados na conferência intercalar de abril de 2018 cerca de 700 especialistas provenientes de todo o mundo, da Europa à Ásia, passando pela África, Médio Oriente, América do Norte, Central e do Sul, que se vão reunir no Convento São Francisco.

JYGA (AMV) // SSS

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