Governo quer agricultores a trabalhar em conjunto para aumentar peso no mercado

| Economia
Porto Canal / Agências

Murça, 15 nov (Lusa) -- O secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque, afirmou hoje, em Murça, que o que falta à agricultura portuguesa é trabalho conjunto e produção organizada para ganhar peso no mercado nacional e internacional.

"Trabalhar em conjunto traz uma posição negocial mais forte no mercado, reduz os custos e otimiza os recursos", considerou à margem da comemoração dos 50 anos da Caves de Murça.

O Programa de Desenvolvimento Rural do Continente 2014 -- 2020, cuja consulta pública termina hoje, está agora mais orientado para a agricultura, modernidade do setor e concertação de ofertas, sendo mais simples e com menos medidas, ações e subações, disse o governante.

E, acrescentou, "quem trabalhar em parceria vai ter benefícios maiores, tal como lucros".

Apesar de considerar que tem havido uma evolução "clara" e uma melhoria do setor agrícola com a redução do défice da balança comercial e o aumento de 8% das exportações por ano, José Diogo Albuquerque assumiu que falta concertação na oferta e ocupação do território.

A meta para 2020, segundo o governante, é ter uma balança comercial neutra e um maior acordo na oferta.

"Investir na agricultura é um bom negócio para o país", frisou.

O consultor agrícola José Martino, especialista em fundos comunitários para o setor, lamentou que o novo programa de apoio seja uma continuação do anterior, assente no princípio de "dar dinheiro a todos".

Na sua opinião, o Governo investe na agricultura, mas os resultados continuam negativos.

E, salientou, "era importante que este tipo de ajudas tivesse instrumentos que as tornassem mais eficazes".

José Martino entendeu que deveria haver um orçamento para cada distrito, obrigando os empresários a investir nas diferentes regiões do país.

Nos moldes atuais, explicou, as regiões mais desenvolvidas captam mais fundos e as do interior continuam sem desenvolvimento.

O especialista relembrou que o programa não tem nenhuma medida concreta de estímulo ao cooperativismo e apoio à pequena agricultura.

"A agricultura tem de contribuir para a economia portuguesa", rematou.

Por seu lado, o presidente da Associação dos Agricultores do concelho de Vila Real, Jorge Maio, entendeu que o programa vai beneficiar mais o interior do país, o que "é bom".

Uma das "mais-valias" do programa, na sua opinião, é a capacitação de jovens agricultores, medida que poderá fixar gente, criar postos de trabalho e dar "novo folgo" à economia local e nacional.

No futuro, segundo José Maio, o caminho é o trabalho conjunto para ganhar peso e visibilidade no mercado.

SYF // MSP

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