PR angolano demitiu chefe do Serviço de Inteligência e Segurança do Estado

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Porto Canal / Agências

Luanda, 15 nov (Lusa) - O chefe do Serviço de Inteligência e de Segurança do Estado (SINSE) de Angola, Sebastião Martins, foi demitido do cargo pelo Presidente José Eduardo dos Santos, noticia hoje o Jornal de Angola.

Os motivos da decisão, não revelados, estão relacionados com o alegado envolvimento de agentes do SINSE na presumível morte de dois opositores do regime, raptados em maio de 2012 quando tentavam organizar uma manifestação antigovernamental.

O Jornal de Angola, que cita uma nota dos serviços de apoio da Presidência da República, dá amplo destaque à decisão, a toda a largura da primeira página.

Para o cargo de Sebastião Martins foi nomeado o seu adjunto, Eduardo Octávio.

Sebastião Martins acumulou a chefia do SINSE com o cargo de ministro do Interior, para o qual foi nomeado em 2010 e que abandonou em outubro de 2012, por não ter sido reconduzido na formação do novo executivo saído das eleições de agosto de 2012.

O caso que está por detrás da demissão de Sebastião Martins é o rapto e presumível morte de Isaías Cassule e Alves Kamulingue.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) de Angola anunciou, na quarta-feira, terem sido efetuadas quatro detenções relacionadas com o rapto e provável homicídio dos dois ex-militares.

Os dois desaparecidos, presumivelmente mortos, como assume a PGR, são Isaías Cassule e Alves Kamulingue, raptados na via pública, em Luanda, a 27 e 29 de maio de 2012, quando tentavam organizar uma manifestação de veteranos e desmobilizados contra o governo de José Eduardo dos Santos.

O desaparecimento de Isaías Cassule e ALves Kamulingue esteve na base de várias manifestações em Luanda, sempre reprimidas pela polícia, convocadas pelo autodenominado Movimento Revolucionário.

O rapto dos dois ex-militares ocorreu quando preparavam a realização de uma manifestação em Luanda para contestar alegados atrasos no pagamento de subsídios e pensões a um número indeterminado de antigos soldados, veteranos e antigos combatentes.

Mesmo depois do rapto, ex-militares saíram em duas ocasiões à rua - a 07 e 20 de junho de 2012 - ambas não autorizadas, com a última a ser dispersada com tiros para o ar e granadas de gás lacrimogéneo.

Na notícia da demissão de Sebastião Martins, o Jornal de Angola assinala que a medida foi tomada quinta-feira, num período em que José Eduardo dos Santos se encontra fora do país em visita privada a Barcelona.

O Presidente angolano deixou Luanda no passado dia 09.

EL // DM.

Lusa/Fim

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