Washington, 13 nov (Lusa) -- Os Estados Unidos saudaram, esta noite, a decisão do principal grupo da oposição síria de participar nas conversações de paz, em Genebra.

"Trata-se de um significativo passo em frente no processo de organização da conferência de Genebra, cujo objetivo é (...) estabelecer, por mútuo consenso das duas delegações, um órgão de transição dotado de plenos poderes executivos", disse a porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki.

O principal grupo da oposição síria anunciou, na segunda-feira, que vai participar das conversações de paz mas apenas na condição de o Presidente Bashar al-Assad transferir o poder e ser excluído de qualquer processo de transição.

Numa declaração, emitida depois de dois dias de reunião em Istambul, a Coligação Nacional assegurou que apenas participará nas negociações de paz em Genebra "na base de uma transferência total de poder", estipulando ainda que "Bashar al-Assad e os que têm o sangue dos sírios nas suas mãos não têm lugar na fase transitória e no futuro da Síria".

Esta terça-feira, em Abu Dhabi, o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, tinha já sublinhado que qualquer decisão da oposição para participar nas negociações seria "um grande passo".

Porém, o governo sírio, ao expressar vontade de participar na conferência de Genebra, insiste que a saída de Assad do poder não está em discussão.

Mais de 120 mil pessoas foram mortas na Síria desde o início do sangrento conflito em março de 2011, de acordo com organização não-governamental Observatório Sírio dos Direitos Humanos.

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