Gondomar, Porto, 23 nov (Lusa) - O CDS-PP de Gondomar alertou hoje para a "degradante realidade" da antiga central de captação de água da Foz do Sousa, criticando o "proprietário" das instalações, a Câmara do Porto, e sugerindo à de Gondomar que tome medidas.

"[A central] encontra-se hoje completamente esquecida pelo seu proprietário, a autarquia portuense, que tem votado as respetivas instalações a um, diríamos que quase criminoso abandono, considerando tratar-se, e desde 2009, de um imóvel de interesse público", refere o CDS-PP em comunicado.

Este equipamento foi responsável pelo fornecimento de água aos concelhos do Porto, Gondomar, Gaia e Matosinhos.

Foi construído em 1887 e desativado em 1985, com a construção e entrada em funcionamento da Estação de Tratamento de Água de Lever.

O texto acrescenta que a central está "completamente degradada e em perigo de ruína", com o CDS-PP a descrever um telhado em "estado deplorável" e pede "uma rápida e estruturante recuperação que potencie a sua devolução à comunidade em que está inserido".

"Sabemos que a incumbência da sua recuperação pertence ao Município do Porto contudo, estando implantado no concelho de Gondomar, urge que os responsáveis municipais gondomarenses, no desempenho das suas competências de Proteção Civil, saúde pública e urbanismo, oficiem os seus homólogos portuenses", defende o CDS-PP.

A nota também descreve como "urgente" a vedação dos acessos ao interior do posto de transformação elétrica da central, apontando que atualmente é "de fácil acesso e muito perigosa para as crianças que por ali se encontrem".

"[É de] inequívoca premência da vedação das infraestruturas da central, as quais também são de fácil acesso e, por isso, bastante perigosas para crianças e adultos que, mais no verão, para lá se deslocam para pescar e mergulhar no rio", refere o texto.

A agência Lusa tentou obter um comentário junto da câmara do Porto, mas até ao momento não foi possível.

Já fonte da câmara de Gondomar, liderada pela maioria PS de Marco Martins, informou que já interpelou várias vezes a autarquia vizinha do Porto sobre esta matéria.

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