Presidente do Irão pede aliança com o Vaticano contra terrorismo

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Porto Canal / Agências

Cidade do Vaticano, 08 nov (Lusa) - O presidente do Irão pediu ao papa o "relançamento do diálogo entre os mundos islâmico e cristão" e "uma aliança entre o Irão e a Santa Sé", nomeadamente contra o terrorismo e o extremismo, noticiou hoje a agência Fides.

De acordo com a agência noticiosa católica, o apelo de Hassan Rohani foi feito no início da semana, em Teerão, por ocasião do encontro com o novo núncio apostólico, Leo Boccardi, na apresentação das cartas credenciais.

A Fides acrescentou que o novo presidente moderado da República islâmica publicou uma fotogradia do encontro na conta da rede social Twitter, na qual escreveu que "o Islão e o Cristianismo precisam, hoje e mais que nunca, de dialogar".

"Na base dos conflitos entre as religiões está sobretudo a ignorância e a falta de conhecimento recíproco", explicou.

Hassan Rohani disse que o Vaticano e o Irão têm "inimigos comuns", como o terrorismo e o extremismo, e "objetivos semelhantes", como a vontade de vencer a injustiça e a pobreza, noticiou a Fides.

O novo núncio, que apresentou no passado domingo cartas credenciais, disse esperar que os dois Estados possam colaborar para resolver as crises regionais no Médio Oriente, em particular o conflito na Síria.

O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Mohammad Javad Zarif, afirmou que, dada a forte presença de grupos extremistas no terreno, "a condição das minorias religiosas na Síria, como os cristãos, é um motivo de preocupação para o Irão".

Teerão iniciou, desde a eleição do presidente Rohani, uma campanha para sair do isolamento internacional em que se encontrava, numa campanha marcada por várias aberturas, nomeadamente diplomática.

Degelo com os Estados, reconhecimento da realidade do Holocausto, progressos no dossier nuclear. A abertura com o Vaticano serve também para reforçar a posição do Irão na cena internacional, dada a popularidade do papa Francisco.

O Vaticano e os teólogos xiitas da universidade Qom mantêm há muito tempo um diálogo mais substancial do que aquele entre a Igreja católica e as diferentes autoridades sunitas.

Além da Síria, os xiitas e as comunidades minoritárias mais próximas, como os alauitas, encontram-se normalmente no mesmo campo pró-governamental que os cristãos, relativamente aos grupos radicais extremistas sunitas, por vezes financiados pelas monarquias do Golfo.

EJ // PJA

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