Pelo menos 18 serviços de Finanças encerraram - sindicato

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Porto Canal / Agências

Lisboa, 08 nov (Lusa) - Pelo menos 18 serviços de Finanças encerraram hoje por causa da greve na Função Pública contra o agravamento da austeridade, revelou o Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI).

A adesão à greve dos funcionários do Fisco obrigou a encerrar seis repartições do distrito de Setúbal (Alcochete, Barreiro, Grândola, Moita, Montijo e Sesimbra), seis de Faro (Aljezur, Faro, Lagoa, Vila Real Santo António, Monchique e Loulé 2), cinco em Beja (Serpa, Aljustrel, Mértola, Alvito e Almodôvar) e ainda o serviço Loures 3.

Os dados são ainda provisórios, e não incluem o distrito de Lisboa, mas permitiram já ao presidente do sindicato, Paulo Ralha, concluir serem reveladores do "grande descontentamento" dos trabalhadores dos impostos sobre as políticas do Governo.

Paulo Ralha ressalva, no entanto, que a adesão à greve poderia ter sido maior se não estivesse programada uma outra ação de luta só para os trabalhadores da Autoridade Tributária, que ainda não tem data mas vai ocorrer até ao final do ano para prejudicar o regime excecional de perdão fiscal que decorre até dia 20 de dezembro para quem regularize dívidas à Segurança Social e ao Fisco.

"A adesão à greve revelou o descontentamento, mas refletiu também uma certa reserva na participação dos trabalhadores tendo em vista a ação de luta que estamos a preparar até ao fim do ano", disse o presidente do STI.

A greve de hoje dos funcionários públicos foi agendada pela CGTP e UGT como protesto contas as novas medidas de austeridade, entre as quais cortes salariais e de pensões e o aumento do horário de trabalho dos funcionários públicos.

A proposta de lei do Orçamento do Estado para 2014 prevê "uma redução remuneratória progressiva entre 2,5% e 12%, com caráter transitório, às remunerações mensais superiores a 600 euros de todos os trabalhadores das Administrações Públicas".

O subsídio de Natal dos funcionários públicos e dos aposentados, reformados e pensionistas vai ser pago em duodécimos no próximo ano, segundo a proposta do orçamento, que mantém a aplicação da Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES) sobre as pensões.

VP// ATR

Lusa/fim

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