Volodymyr Lavric pode ficar internado mais seis meses no hospital psiquiátrico
Porto Canal (SYA)
O português que esteve desaparecido duas semanas em Londres e foi encontrado numa unidade psiquiatra, terá tido um surto psicótico no aeroporto de Luton, em Londres, onde agrediu outro passageiro e poderá ficar mais seis meses se o hospital entender que ainda precisa de tratamento, adianta o Correio da Manhã (CM) após entrevista à mãe do jovem.
A mãe do jovem de dupla nacionalidade, portuguesa e ucraniana, de 25 anos que esteve desaparecido duas semanas em Londres e que foi encontrado num hospital psiquiátrico explica que o filho foi detido no aeroporto de Luton após ter agredido outro passageiro. A acção do jovem foi considerado um surto psicótico e foi isso que levou ao internamento do mesmo.
Volodymyr terá indo para Inglaterra para estar com uma rapariga por quem estava apaixonado, no entanto, terá perdido o voo e chegado tarde demais. Foi até Londres onde comprou um bilhete de avião para regressar a Portugal, a partir do aeroporto de Luton. Terá entrado num autocarro para ir até Luton mas terá adormecido e só acordou a quilómetros de distância do sítio onde devia ter parado. Levantou todo o dinheiro para apanhar um táxi até Luton e foi já no aeroporto que terá entrado na luta com outro passageiro, conta a mãe ao CM.
A mãe, que tem visitado o jovem todos os dias, diz que o filho não sabe explicar o que lhe aconteceu naquele dia, diz apenas que “explodiu”. Conta ainda que o filho tem vontade de voltar a Portugal mas que a decisão não está nas mãos de nenhum dos dois.
Volodymyr Lavric tem um encontro com a polícia esta sexta-feira e, no caso da pessoa que agrediu não ter apresentado queixa, o jovem pode ser libertado mais cedo do que o previsto.
Quanto ao internamento, a lei britânica autoriza a que o hospital mantenha o doente internado por um período inicial de 28 dias, período que acaba no próximo domingo, no entanto, este período pode ser renovado por seis meses caso o hospital entenda que o paciente ainda necessite de tratamentos.
A mãe apelou ao consulado de Portugal e diz ter esperança que o filho regresse após o término do período inicial.