Pedro Ponte e Sousa comentou a situação de conflito entre Israel e a Palestina, no espaço semanal, no Porto Canal. O comentador condenou o ataque aéreo que matou, esta terça-feira, 500 pessoas num hospital da Cidade de Gaza, salientando que, a confirmar-se o ataque ter mão de Israel, “coloca-se em cima da mesa uma outra questão: O objetivo é eliminar o Hamas ou o povo palestiniano?”.

Pedro Ponte e Sousa apontou ainda várias incongruências praticadas pelo Estado liderado por Benjamin Netanyahu na desresponsabilização do trágico ataque aéreo.

"Israel aquilo que fez foi colocar em causa que este ataque tenha sido conduzido pelas suas próprias forças, mas era importante que Israel se pusesse claro, em relação à narrativa que vai apresentar, porque até agora tem sido uma plena confusão.
Primeiro, duas grandes vias: a ideia de que, por um lado, o ataque teria sido um rocket do Hamas mal direcionado, enfim o erro é comum em guerra, e que essa seria umas das probabilidades", começou por dizer o comentador, detalhando o plano de ação israelita. 

"Entretanto uma outra teoria que surgiu foi a de que a sede do Hamas era debaixo do hospital, onde se conduziam tortura, assassinatos, etc, mas alegando que serviria então de uma base de armazenamento e até de emprego de rockets e disso não há nenhuma prova e que não torna aquele nenhum alvo legítimo. Entretanto, a comunicação tem sido um problema: um dos porta-vozes de Netanyahu publicou e, entretanto, eliminou uma admissão de que tinha sido Israel a bombardear o hospital, dizendo que as forças de Israel pensavam que tinham atacado uma base terrorista. Entretanto, passado 20 minutos já mudou de ideias e já diz que é a Jihad Islâmica. Portanto, convinha que se pusessem de acordo quanto à propaganda que vão usar", rematou.