“Isto mostra a perseguição ao FC Porto”. Francisco J. Marques comenta interdição do Dragão e recorda incidente mais grave com adeptos do Sporting

O FC Porto foi punido com um jogo de interdição do Estádio do Dragão devido a um incidente ocorrido no jogo inaugural do campeonato, em Moreira de Cónegos. Francisco J. Marques, diretor de comunicação dos 'azuis e brancos' sublinhou, no programa "Universo Porto da Bancada", que os 'dragões', vão recorrer da decisão, relembrando que a chuva de tochas lançada por adeptos do Sporting na final da Taça da Liga não foi merecedora de qualquer castigo.

“Estar a fiscalizar 50 mil pessoas, e estou a reportar-me aos jogos do Dragão, mais difícil é quando nós não temos qualquer responsabilidade, como é o caso dos jogos fora. Mas este problema não é exclusivo do FC Porto, é um problema do futebol, geral e no campeonato português, no futebol nacional acontece recorrentemente", começou por dizer Francisco J. Marques.

"O que parece é que há um peso quando se trata de coisas relacionadas com o FC Porto e trata-se de um outro peso quando se tratam de outros clubes”, destacou o responsável portista, fazendo alusão a um incidente na final da Taça da Liga, frente ao Sporting, que não resultou em castigo para a SAD dos leões.
"Houve uma situação grave que causou feridos, houve 10 pessoas que foram assistidas pelos bombeiros. Um caso de pirotecnia grave. Houve uma criança de 9 anos que ficou ferida com uma queimadura na cara. Na altura, o Conselho de Disciplina (CD) entendeu não responsabilizar a SAD do Sporting".

"A SAD agiu de forma livre, consciente, voluntária, etc. Exatamente igual ao FC Porto, mas não ficou provado. 'O Moreirense-FC Porto teve grande repercussão mediática, resultando em prejuízo de imagem das competições profissionais de futebol. Igual ao acórdão da final da Taça da Liga.' Isto é gozar com os adeptos. Podem castigar-me à vontade. Deram como provada a repercussão mediática no jogo com o Moreirense e não com o do Sporting. É brincadeira", reiterou Francisco J. Marques.

Depois de ler o acórdão da absolvição do Sporting no referido caso e compará-lo ao deste do FC Porto do encontro em Moreira de Cónegos, Francisco J. Marques teceu duras críticas ao Conselho de Disciplina (CD), pela diferença de tratamento.

"No Sporting-FC Porto, dizem que não se sabe se a lona era inflamável ou não e em que zona concreta ocorreu o incêndio. Acho que foi na bancada de topo do estádio do Wolverhampton... [ironia] E dizem que os bombeiros apagaram com facilidade com um extintor. No estádio do Moreirense foi preciso um CanadAir. Isto é que mancha o futebol português. As imagens são claras. Com que lata é que esta gente desconhece os dados. São cegos? Se abrirem os olhos, não desconhecem. Isto mostra a perseguição que é movida ao FC Porto", rematou, esperando que o CD venha explicar a diferença entre um e outro acórdão.

"É assinado pelas mesmas pessoas. Fico incomodado e envergonhado, isto causa vergonha alheia. Temos que acreditar no CD, quando aconteceu isto ao Sporting toda a gente percebeu. A SAD do Sporting não teve responsabilidade nenhuma. E qual a responsabilidade da SAD do FC Porto? Nenhuma", concluiu.