Pedro Bragança sobre mega processo de corrupção do Benfica: “Uma justiça que não é célere não é possível que seja justa”

O mega processo de corrupção no Benfica, em que vários administradores e a própria SAD são arguidos, foi declarado urgente pelo Ministério Público (MP). Contudo, a investigação, que teve origem no programa Universo Porto da Bancada, no Porto Canal, arrancou em junho de 2017. Pedro Bragança critica, no espaço de comentário Grande Angular, a demora da justiça, reiterando que para o Ministério Público (MP) era mais urgente julgar os que denunciaram os eventuais crimes do que os verdadeiros criminosos”.

“Isto começou em junho de 2017. São muitos anos para uma investigação que já deveria ter dado resultados porque aquilo que se espera é que a justiça seja justa, mas uma justiça que não é célere não é possível que seja justa”, sublinha o comentador do Porto Canal.


“Não sei se é um megaprocesso de corrupção, ou um processo de megacorrupção. A quantidade de indícios, de agentes envolvidos, o submundo que foi descoberto aqui no Porto Canal, onde foi dado o ponto de partida…”, reforçou Pedro Bragança, visando o Ministério Público. 


“As pessoas ligadas à divulgação deste caso já foram acusadas, julgadas, condenadas e as pessoas denunciadas não enfrentam, sequer, uma acusação. Isto é altamente danoso para a perceção da sociedade, em relação ao sistema de justiça. Isto só entrega ao descrédito o próprio sistema”, rematou o comentador. 

A investigação teve origem nos e-mails do Benfica divulgados no programa Universo Porto da Bancada, no Porto Canal, desde junho de 2017. Ao também chamado “Caso dos e-mails” juntaram-se mais tarde outros seis inquéritos, e, em outubro de 2018, foi constituído pelo Ministério Público um megaprocesso.