César Boaventura “até preso continua a fazer as mesmas coisas”, afirma Diogo Faria

No programa Universo Porto da Bancada, Diogo Faria comentou o recente empréstimo de Meité ao Paok, mediado pelo empresário César Boaventura que se encontra em prisão domiciliária.

O Diretor de Conteúdos do FC Porto ironizou que Boaventura “está em tele-trabalho, com uma pulseirinha na perna, apesar de ele tirar umas fotografias em que ele depois corta os pés para não se perceber está. Como se não fosse público que ele está há praticamente dois anos preso em casa”.

Para Diogo Faria, “às vezes é preciso organizar um bocado os dados sobre César Boaventura, porque ele está envolvido em tanta coisa, é acusado de tantos crimes, todos ou quase todos relacionados com o Benfica, que por vezes até nos esquecemos porque é que ele está preso”.

No programa do Porto Canal, Diogo Faria recordou que Boaventura “está acusado de quatro crimes de corrupção desportiva, de tentar corromper jogadores para beneficiar o Benfica, em jogos com o Marítimo e Rio Ave na época 15/16. Mas não é por isso que ele está preso, ele está preso por causa dos 10 crimes de que está acusado no âmbito da operação Malapata, que é uma operação precisamente relacionada com a transferência de jogadores tanto para o Benfica como para o Sporting”.

O Diretor de Conteúdos do FC Porto frisa que nos negócios que envolvem o Benfica há suspeita de “crimes de burla, fraude fiscal, branqueamento de capitais, falsificação de documentos. E por isso, suprema ironia, como é que alguém que está preso por causa dos negócios, aparentemente, segundo as autoridades, vigaristas, que faz com o Benfica, aproveita a sua situação, para continuar a fazer negócios com o Benfica”.

“Acho que isto diz muito desta figura e diz muito sobre o Benfica e sobre a continuidade que existe entre o Benfica de Luís Filipe Vieira e o Benfica de Rui Costa, que não são coisas diferentes. Muda o nome mas não houve a limpeza que muitos às vezes querem fazer crer. Como se Rui Costa não estivesse ligado a todas as práticas do tempo de Luís Filipe Vieira e como se ele agora se estivesse a afastar dos Paulos Gonçalves e dos César Boaventura. Não, ele até preso continua a fazer as mesmas coisas”, remata Diogo Faria.