Eduardo Vítor Rodrigues sobre JMJ: "Foi a melhor, mas Lisboa está sempre no epicentro. O poder está muito centralizado"

Eduardo Vítor Rodrigues considera que a Jornada Mundial da Juventude trouxe inúmeros benefícios para o país. Contudo, o comentador do Porto Canal afirma que "Lisboa está sempre no epicentro" e critica o centralismo em Portugal.

No espaço de comentário "Cara ou Coroa" do Porto Canal, Eduardo Vítor Rodrigues explica que "Mais uma vez, em Lisboa, a frente ribeirinha é requalificada por um evento nacional com orçamento nacional. Se isto fosse feito mais vezes e noutros sítios do país seria extraordinário."

"Infelizmente, a começar nas infraestruturas ligadas à Expo e a acabar na JMJ, Lisboa está sempre no epicentro. Temos de fazer o nosso melhor para conquistar este espaço, o que é difícil quando o poder está muito centralizado", acrescenta.

Já sobre a linha de alta velocidade que ligará Porto a Lisboa em 75 minutos, o comentador do Porto Canal afirma ser impossível não existir impactos derivados da obra. No entanto, o também Presidente da Câmara Municipal de Gaia deixa claro que as consequências devem ser minimizadas e todos aqueles que serão afetados deverão ser compensados. O autarca avançou ainda que a ponte rodoviária e do TGV vai manter o nome de D. António Francisco dos Santos.

Por outro lado, em relação aos incêndios, Eduardo Vítor Rodrigues garant que os municípios têm tido um papel fundamental no combate. "Em muitos casos apoiam os bombeiros voluntários, noutros casos apoiam bombeiros voluntários e sapadores e fazem para além do que estão obrigados por lei. O país tem vindo a beneficiar disso", explica.

O comentador do Porto Canal sublinha ainda que, pela primeira vez, a Área Metropolitana do Porto conta com o sistema de vídeovigilância durante toda a época de incêndios e retira um balanço positivo do modelo organizacional, que estava anteriormente assente na lógica distrital e que agora passa pelas coordenações de sub-regiões na própria região Norte.

O autarca de Gaia realça ainda o "trabalho absolutamente extraordinário" das forças ucranianas na guerra com a Rússia e sublinha a disputa entre a democracia e a ditadura.

Por fim, Eduardo Vítor Rodrigues considera "brilhante" a proposta que está a ser estudada na China e que pretende reduzir a utilização da internet para duas horas para os jovens até aos 18 anos.

"Eu ouço professores e pais a discutir que crianças com menos de 10 anos levam o telemóvel para a escola" A certa altura, estamos a ficar excelentes com os dedos, mas a precisar cada vez mais da intelgência artificial, porque parece que a inteligência natural está a ceder", realça.