O debate entre Passos Coelho e António Costa, desta quarta-feira à noite, entra na história da televisão portuguesa como o debate político mais visto de sempre. Contudo, as telenovelas das televisões privadas foram as grandes vencedoras da noite passada.
A coligação PSD/CDS-PP vai para a estrada a partir deste sábado, começando por Braga, mas o arranque do período oficial de campanha, dia 20, vai ser no distrito de Lisboa, e o encerramento também será na capital.
A Coligação Democrática Unitária (PCP/PEV) vai apostar todas as suas fichas nos círculos eleitorais de Lisboa e de Setúbal durante a campanha para as legislativas de 04 de outubro, com desfiles populares antes de um punhado de eventos.
O primeiro-ministro e presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, sugeriu hoje às pessoas que se consideram lesadas pelo BES que recorram à justiça, defendendo que o Governo não pode intervir e "os reguladores não se entendem".
O secretário-geral do PS começou hoje ao ataque o debate com o presidente do PSD, acusando-o de pôr o país a regredir, mas Passos Coelho contrapôs que António Costa repete a receita "socrática" de "desastre" de 2009.
António Costa não comenta a situação de José Sócrates. Em Lamego, o secretário-geral do PS recusou responder a perguntas sobre o antigo primeiro ministro e garantiu estar apenas "preocupado com os portugueses e com o debate com Passos Coelho". O líder do PS acusou ainda o Bloco de Esquerda de sectarismo.
Diogo Freitas do Amaral redigiu um artigo para a VISÃO desta quinta-feira, onde defende o voto no Partido Socialista (PS) para que exista "justiça social em democracia e na Europa".
O PS venceu sete das 14 anteriores eleições legislativas, assim como o PSD - ainda que coligado em duas ocasiões - substituindo-se, ao longo dos anos, no cargo de chefe de Governo.
A porta-voz do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, apontou hoje o aumento do número de deputados do partido na Assembleia da República como "uma vitória" nas eleições legislativas, num debate com o líder do CDS, Paulo Portas.
Eduardo Ferro Rodrigues, líder parlamentar do Partido Socialista (PS), não estranha o apoio de Sócrates a António Costa, e afirma que "se qualquer dos antigos secretários-gerais do PS apelasse ao voto na coligação de direita, isso sim, seria estranho".
A porta-voz do BE acusou hoje Paulo Portas de não apresentar contas e não explicar nem o corte de 600 milhões de euros nem o plafonamento da Segurança Social, o líder centrista disse que não serão reduzidas pensões.
O académico João Cerejeira analisou os programas laborais dos partidos e concluiu que a direita "privilegia a questão do desemprego", por sua vez a esquerda "está focada nos salários".