Os incêndios deste ano contabilizam mais de 100 mil hectares de área ardida, 11 detidos, 333 identificados, 901 contraordenações e 11201 ocorrências.

Os incêndios que deflagraram ao longo deste ano, por todo o país, contabilizam em mais de 100 mil hectares a área ardida. Até ao final desta segunda-feira, a Guarda Nacional Republicana (GNR) deteve 11 pessoas por crime de incêndio e identificou outras 333, segundo fonte da GNR em declarações ao Porto Canal. A GNR contabiliza ainda 11201 ocorrências, que provocaram uma área ardida superior a 100 mil hectares. Ao que o Porto Canal conseguiu apurar, junto da GNR, desde o início do ano e até ao final desta segunda-feira, foram registadas 901 contraordenações por infrações da lei.

Importa relembrar que os incêndios que se propagaram por todo o país necessitaram de ajuda externa, sendo que Espanha, Itália, Marrocos e Rússia enviaram para Portugal sete meios aéreos para ajudar no combate às chamas.

Os incêndios ainda não deram tréguas ao país e, de acordo com o site da Proteção Civil, decorrem ainda 46 ocorrências esta terça-feira. A combater as chamas estão 1553 operacionais, 455 meios terrestres e 11 meios aéreos (oito dos quais estão no de Santarém). Os incêndios ainda em curso e considerados os mais graves por agora são o de Santarém (freguesias de Outeiro da Cortiçada e Arruda dos Pisões), Lisboa (freguesia de Lumiar), Beja (freguesia de São Teotónio), Viseu (freguesia de Paus) e Santarém (freguesia de Fontes).

Em comunicado divulgado pela agência Lusa a 18 de agosto, a GNR afirma que apenas dois por cento dos incêndios foram por causas naturais, 37% deveram-se a negligência, 19% foram intencionais, 35% têm causas desconhecidas e sete por cento deveram-se a reacendimentos. O incêndio de Arouca (oito de agosto) regista maior extensão de área ardida, 25.864 hectares, seguindo-se Águeda, 7.761 hectares, e depois Arcos de valdevez, 3.676 hectares. Em Vale de Cambra arderam 3.676 hectares e em Anadia foram 3.104 hectares.