Transmontanos criam movimento contra o abandono da região

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Porto Canal

Um movimento contra o abandono de Trás-os-Montes está a ser criado em Varge, uma aldeia de Bragança, com o propósito de envolver os cidadãos na discussão dos principais problemas e de contrariar as políticas do poder central.

O Movimento Cívico Defender, Autonomizar e Rejuvenescer Trás-os-Montes (DART) pretende estender-se a outras localidades transmontanas, prevendo na sua atuação a discussão pública de grandes projetos e a elaboração e concretização de outros de menor dimensão com reconhecido interesse para a revitalização das aldeias e para a promoção da região", como adiantou à Lusa um dos promotores, Francisco Alves.

"Inconformados com a desertificação, o abandono, o envelhecimento e o desrespeito a que desde sempre o Poder Central tem votado o Interior e, bem assim, a Sub-Região Alto Trás-os-Montes, um conjunto de transmontanos, de descendentes ou amigos de transmontanos, moradores permanentes ou temporários ou simplesmente pessoas que se afeiçoaram a Trás-os-Montes" decidiram constituir o novo movimento cívico que será apresentado publicamente na sexta-feira, ma aldeia de Varge.

É um movimento cívico aberto a todos os cidadãos que subscrevam os princípios que o rege, "independentemente da filiação partidária, da cultura ou etnia a que pertençam e do credo religioso que professem" e que "pretende colaborar com todos os serviços públicos, instituições e associações já existentes, tendo em vista somente a defesa e valorização da cultura e das condições de vida dos transmontanos".

Os promotores entendem que "para o reforço da democracia falta o envolvimento dos cidadãos na discussão dos problemas públicos" e é essa participação cívica que se propõem impulsionar.

Francisco Alves afirmou à Lusa ter já a intenção de adesão de "70 pessoas, sobretudo jovens", que tal como ele vivem fora da região.

Professor de filosofia, o "pai" deste novo movimento fez há 40 anos o percurso de muitos transmontanos para fora da região.

Agora que se aposentou, continua dividido entre Lisboa e Bragança, mas com mais tempo para a aldeia de origem, Varge, a partir de onde pretende lançar esta nova dinâmica regional.

O movimento tem já alguns projetos para discussão pública e "compromete-se a trabalhar no sentido de encontrar fundos para a sua concretização, sempre em conjunto com as autarquias e demais agentes, visando fundamentalmente a preservação dos valores tradicionais e patrimoniais de forma a tornar as aldeias mais atrativas para todos que queiram conhecer a nossa região".

Os promotores do DART defendem "a política como uma dimensão nobre que deve visar unicamente o bem público" e pretendem "ser um aviso sério aos poderes instalados e estagnados que representam muitas vezes um travão ao próprio desenvolvimento económico e social local que deve assentar nos princípios da sustentabilidade e da subsidiariedade".

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