CTP diz que aumento da idade da reforma vai prejudicar competitividade

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Porto Canal / Agências

Lisboa, 23 out (Lusa) -- A Confederação do Turismo Português (CTP) mostrou-se hoje contra o aumento da idade da reforma para os 66 anos, dizendo que a medida não contribui para maior competitividade na economia nem para gerar emprego.

Em comunicado, o presidente da CTP, Francisco Calheiros, disse que a medida, já aprovada em Conselho de Ministros, "não será benéfica para o aumento do emprego, sobretudo jovem, uma vez que irá dificultar a entrada de recursos jovens e qualificados para um mercado de trabalho cada vez mais exigente".

"A CTP defende medidas concretas para combater o enorme flagelo social que enfrentamos atualmente, que é uma taxa de desemprego superior a 16%, e não uma medida que irá prejudicar a competitividade das empresas e contrariar os seus objetivos de renovação de quadros. As empresas precisam de profissionais com formação adequada às exigências do mercado global e com competências em novas tecnologias", acrescentou o dirigente da confederação.

Também hoje, o presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), António Saraiva, afirmou que o aumento da idade da reforma para os 66 anos "é o máximo admissível" e que falar num número superior é "pura ficção".

Segundo a proposta de Orçamento do Estado para 2014 enviada na terça-feira ao Parlamento, as alterações legislativas que levarão ao aumento da idade de reforma para os 66 anos em 2014 serão enviadas ao Parlamento ainda este ano.

Em maio, numa carta enviada à 'troika' (Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional), o Governo já se tinha comprometido com esta medida.

Na prática, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, comprometeu-se a aumentar a "idade de reforma dos 65 para pelo menos os 66 anos de idade, através da alteração da fórmula que ajusta o aumento da esperança de vida -- isto é, o fator de sustentabilidade".

"Estas duas alterações serão refletidas em projetos de alteração da Lei de Bases da Segurança Social e do regime de pensões a submeter à Assembleia da República ainda em 2013, de forma a entrarem em vigor a partir de 1 de janeiro de 2014".

A poupança a obter com estas medidas é estimada pelo Governo em 205 milhões de euros em 2014, um valor inferior aos 270 milhões de euros previstos pelo Governo em maio na carta enviada à 'troika'.

TDI (SMS/VC)// ATR

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