Redação, 15 out (Lusa) -- A recém-eleita Comissão de Atletas Olímpicos (CAO) tem como prioridade para o atual mandato potenciar a carreira futura dos seus representados, através da implementação do Athlete Career Program (ACP), assumiu o seu presidente, João Neto. "Queremos dar continuidade ao trabalho feito pela anterior comissão, num sentido muito positivo. Destaco o programa ACP, cujo esboço está feito há algum tempo, mas ainda não foi posto em prática", disse à agência Lusa o judoca, novo presidente da CAO. Segundo João Neto, a ideia é "dar aos atletas olímpicos ferramentas para quando terminarem a carreira, com uma integração no mercado de trabalho mais fácil e com qualidade". "Primeiro, fazemos testes psicotécnicos para percebermos a sua área de maior aptidão. Depois, tentamos potenciá-la para quando entrarem no mercado de trabalho estarem preparados para os desafios. Auxiliaremos ainda essa entrada com estágios profissionais e esse tipo de coisas", completou. Enquanto prepara o projeto, João Neto suspira pela concretização e definição do projeto olímpico por parte da tutela, admitindo que toda a gente gostaria que "as coisas já estivessem a andar como deve ser". "Nas últimas diligências que temos feito, verificámos que há progressos significativos nessa área. Também comecei há apenas uma semana. As coisas estão no bom caminho e vão resolver-se em breve", confia. Ainda assim, assume que "o país vive em situação de emergência" e que, por isso mesmo, "os atletas também têm de ser sensíveis a esse facto". "Temos de trabalhar com o que temos. Não é o ideal, mas o possível para termos bons resultados. Teremos de racionalizar os recursos, potenciar ao máximo o que temos. Não vejo outra alternativa", vincou. Em termos de relações institucionais, recorda que serão mais facilitadas com o Comité Olímpico de Portugal (COP), "uma vez que a sede até é no mesmo edifício", e revelou a intenção de se aproximar da Secretaria de Estado do Desporto e Juventude "se for sentida essa necessidade". Nos casos de conflitos entre atletas e federações/treinadores, assegura que o papel da CAO é "apelar ao bom senso e a que os interesses dos atletas sejam salvaguardados". "(Daqui a quatro anos) Queremos ser recordados por termos conseguido manter o bom trabalho das anteriores comissões e tentar acrescentar algo de novo, positivo, como o ACP iniciado pela direção antiga", concluiu. RBA // PA Lusa/Fim