Rui Rio defende que futuros autarcas devem ter um perfil de "seriedade e coerência"

| Política
Porto Canal com Lusa

Coimbra, 21 mai (Lusa) - O ex-presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, defendeu hoje que os autarcas do futuro devem ter um perfil de seriedade e coerência e governar com objetivos estruturais de médio e longo prazo.

"Para lá da qualidade do próprio governante, o que está muito em causa é a sua seriedade. Estará ele preocupado com a sua próxima eleição ou preocupado com o futuro da cidade?", questionou o antigo autarca.

Rui Rio intervinha sobre "A governação de uma cidade do futuro", no encerramento das primeiras Jornadas das Mulheres Social-Democratas de Coimbra, que decorreram durante o dia de hoje, com vários painéis temáticos.

O economista baseou-se na sua experiência de 12 anos à frente do segundo maior município do país para traçar um perfil de autarca e um conjunto de "regras básicas".

Para Rui Rio, que em 2001 ganhou a Câmara do Porto, o autarca deve ter o perfil de quem "cuida de investir no futuro e não de animar as pessoas para votarem amanhã, e isso tem existido muito".

"O autarca das cidades do futuro deve identificar os estrangulamentos que o município tem em relação ao seu desenvolvimento e definir as prioridades da governação e depois ser coerente e firme na prossecução dos objetivos e cumprimento do programa", defendeu.

"O que assistimos é que as pessoas fazem um programa e depois chegam lá e preocupam-se só com a eleição seguinte e com a imagem, e o trabalho estrutural e fundamental que cuida do futuro fica para segundo plano", sublinhou.

Segundo Rui Rio, o cargo de presidente de Câmara têm de ter duas vertentes: "a política e a gestão".

Apesar de afastado da política ativa, voltou a defender ajustamentos na Lei Eleitoral para permitir que o candidato mais votado possa governar sem constrangimentos, mesmo que não seja eleito por maioria absoluta.

O antigo autarca prevê que, lá para 2021, questões como a manutenção e fiscalização comecem a ser uma preocupação das autarquias, porque a população vai ter uma consciência mais crítica

"A manutenção e a fiscalização são dois problemas nacionais, onde Portugal falha bastante. No caso das autarquias, por exemplo, há a manutenção da via pública, dos jardins, mas também dos equipamentos, que são temas que, julgou eu, vão estar na ordem do dia", disse Rui Rio.

AMV// ATR

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