Líder do PS/Porto quer diálogo sobre coligação na câmara a decorrer com normalidade

| Política
Porto Canal / Agências

Porto, 15 out (Lusa) - O líder da distrital do PS/Porto defendeu hoje que o diálogo sobre uma eventual coligação para a Câmara do Porto entre socialistas e o presidente da autarquia "deve decorrer com normalidade", antecipando uma conversa "final" entre concelhia e distrital.

A comissão política concelhia do PS/Porto aprovou sexta-feira à noite a negociação entre os socialistas e o presidente eleito da Câmara do Porto, o independente Rui Moreira, para que possa ser encontrada "uma plataforma de entendimento" na autarquia, tendo o candidato do PS Manuel Pizarro sido mandatado para este diálogo.

Hoje, numa tomada de posição de José Luís Carneiro enviada à agência Lusa, o socialista disse ser "a favor de um acordo programático que defenda a cidade do Porto e que salvaguarde os valores do PS, o que não implica assumir pelouros".

"A Comissão Política Concelhia do PS Porto, de acordo com as suas atribuições, deu um mandato ao seu presidente para negociar um acordo com o Dr. Rui Moreira. Esse diálogo deve decorrer com normalidade. No fim desse diálogo ocorrerá um diálogo final entre o presidente da concelhia e a distrital", refere.

Esta noite decorreu uma reunião da comissão política distrital do PS/Porto, onde os resultados autárquicos estiveram em cima da mesa de discussão.

O fim de 37 anos de bastião socialista em Matosinhos - Guilherme Pinto venceu como independente as eleições, depois de no início do ano se ter desfiliado do PS na sequência da escolha do líder da concelhia de Matosinhos, António Parada, como candidato à câmara - foi um dos casos em análise.

Sobre este tema, Nuno Oliveira - ex-vice-presidente da Câmara de Matosinhos, que perdeu as últimas eleições para a estrutura concelhia contra António Parada - revelou à agência Lusa as duras críticas que fez a José Luís Carneiro, que considerou ser um dos principais responsáveis pela perda da Câmara da Matosinhos.

"Nenhum militante do PS alguma vez perdoará aquilo que aconteceu em Matosinhos. Disse a José Luís Carneiro que se estivesse na posição dele estaria a ponderar a minha demissão por ter deixado que a desinteligência tivesse feito perder a segunda maior câmara socialista do país", relatou.

O líder da distrital não quis reagir a estas críticas à agência Lusa, tendo apenas transmitido sobre a comissão política que "uma ampla maioria distrital reconheceu a vitória clara do PS no distrito e reconheceu igualmente a necessidade de valorizar esta vitória como uma grande oportunidade para colocar os valores e os projetos do PS ao serviço das comunidades locais".

"Foi reconhecida a necessidade de uma ativa participação na Convenção Nacional do PS, como forma de o Porto contribuir para a construção de uma alternativa sólida e credível a um Governo que está a destruir o Estado Social e a lançar milhares de cidadãos no desemprego, na pobreza e na exclusão", acrescenta a mesma tomada de posição.

O independente Rui Moreira venceu as eleições para a Câmara do Porto com maioria relativa, ficando a candidatura do PS, encabeçada por Manuel Pizarro, em segundo lugar e a do PSD, liderada por Luís Filipe Menezes, na terceira posição.

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