Associação do Erasmus quer alargar programa a desempregados

Associação do Erasmus quer alargar programa a desempregados
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Porto Canal

A associação responsável pelo programa de intercâmbio de estudantes Erasmus está a ponderar alargar o projeto a desempregados, a partir de janeiro de 2014, disse hoje à agência Lusa a diretora da instituição, Maria do Céu Crespo.

O possível alargamento do Programa da Comunidade Europeia para Mobilidade de Estudantes de desempregados (Erasmus, na sigla em inglês), "está ainda a ser estudado por parte da Comunidade Europeia, porque há países que apoiam e outros que não", explicou à agência Lusa a representante da agência nacional para a Aprendizagem ao Longo da Vida (PALV), que gere o programa Erasmus.

"Isso permitiria mandar uma série de desempregados para o exterior [para adquirirem] novas práticas de trabalho e conhecimentos de novas línguas", explicou Maria do Céu Crespo, adiantando que, no regresso, esses desempregados "viriam melhor preparados para enfrentar o mercado de trabalho".

Intitulado provisoriamente 'Erasmus for all' (E4A), o projeto de renovação deverá ainda incluir algumas mudanças na mobilidade, essencialmente ao nível dos estágios.

De acordo com a diretora do PALV, o 'Erasmus for all' deverá permitir enviar estudantes portugueses "para todo o mundo e não será só para a Europa" -- como atualmente -, o que os fará conhecer "diferentes mercados de trabalho, aos quais terão que se adaptar".

Outra das alterações que estão a ser estudadas é a possibilidade de "um aluno poder agora fazer seis estágios ou estudos, dois por cada ciclo", referiu a diretora.

Decidido está que, o próximo ano letivo, e "pela primeira vez, os estudantes vão partir de Portugal já com a bolsa de estudo", seja para estudar ou estagiar ao abrigo deste programa, ao contrário do que tem acontecido até agora, em que a bolsa era atribuída só "a meio ou quase no final da mobilidade".

Este apoio, em conjunto com a Bolsa Suplementar Erasmus (BSE-SOC), atribuída aos bolseiros de ação social da instituição de ensino de origem, permite que alunos mais carenciados consigam fazer Erasmus.

Ainda assim, em alguns dos casos, os "estudantes têm que ter ajudas suplementares para realizar mobilidade", o que Maria do Céu Crespo julga que poderia ser colmatado através de "empréstimos dos bancos, que [os alunos] amortizariam a partir do momento em que tivessem o seu emprego".

O número de alunos que foram estagiar para fora ao abrigo do Erasmus aumentou de 282 em 2007/2008 para 603 no ano letivo de 2011/2012, segundo dados avançados pela Comissão Europeia.

Apesar desta evolução, houve uma quebra entre o ano letivo passado e o de 2010/2011, quando o número de estudantes chegou aos 933.

O PALV gere atualmente quatro projetos destinados à mobilidade na União Europeia, nos países do Espaço Económico Europeu e na Suíça e Turquia, por prazos entre 3 a 12 meses.

Além do Erasmus, os programas são o Comenius, que visa a formação do pessoal educativo, o Leonardo da Vinci, para a realização de estágios, e o Grundtvig, para a educação de adultos.

Este novo 'Erasmus for all' vai integrar os projetos geridos pelo PALV, assim como outros destinados à mobilidade no ensino superior, e terá um orçamento de 19,1 mil milhões de euros para sete anos (2014-2020).

O programa Erasmus (sigla em inglês do Programa da Comunidade Europeia para Mobilidade de Estudantes) foi criado em 1987, estando agora a ser repensado.

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