Alunos surdos do Tâmega e Sousa continuam sem aulas por falta de transporte

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Porto Canal / Agências

Penafiel, 02 out (Lusa) - Dezasseis alunos surdos e com deficiências auditivas, integrados numa escola de Penafiel, ainda não iniciaram o ano letivo por não estarem assegurados pela tutela os transportes e outras condições, indicou a associação de pais.

De acordo com os encarregados de educação, a situação envolve crianças e adolescentes de vários concelhos do interior do distrito do Porto que frequentam há vários anos as escolas do Agrupamento Joaquim Araújo, em Penafiel.

Contudo, segundo Raul Ribeiro, da associação de pais, os contactos mantidos recentemente com a Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares apontam no sentido de a situação poder ficar resolvida nos próximos dias.

Também fonte ligada ao processo do agrupamento confirmou à Lusa esse desenvolvimento.

O problema não é novo na região, sobretudo depois de a legislação aprovada em 2008 ter definido uma rede de três escolas de referência para aquele tipo de alunos, todas no Porto, que excluiu Penafiel e todo o interior do distrito.

O presidente da Câmara de Penafiel, Alberto Santos, escreveu esta semana uma carta ao ministro Nuno Crato a insurgir-se contra a situação e apelando à revisão da rede de escolas de referência, que considera "injusta" para uma região com mais de meio milhão de habitantes.

Apesar da situação recorrente em cada ano letivo, graças às pressões dos encarregados de educação, a tutela tem permitido à escola de Penafiel continuar a receber os alunos do interior do distrito, dotando-a com meios financeiros e técnicos adequados, explicou à Lusa o presidente da associação de pais.

O dirigente sublinha que os pais se recusam a permitir que os seus filhos sejam transferidos para o Porto, por ser demasiado distante e por preferirem a escola de Penafiel, "onde estão integrados, com sucesso, há vários anos".

Este ano letivo o problema repete-se e só terá sido desbloqueado nos últimos dias.

Mais complicada é a situação de quatro alunos surdos, do quinto ano, que têm a linguagem gestual como língua primária, o que obriga à presença, nas aulas, de um intérprete.

Esse técnico já foi pedido pelo agrupamento, mas aguarda-se ainda que seja colocado, o que também poderá ocorrer brevemente, segundo fonte da escola.

Nos restantes 12 alunos com deficiências auditivas, os chamados "implantados", logo que seja resolvida a questão do transporte, haverá condições para poderem frequentar as aulas em Penafiel, porque o agrupamento tem professores, terapeutas da fala e técnicos de linguagem gestual.

APM // JGJ

Lusa/fim

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