PCP lamenta "perda enorme para a democracia"

| Política
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 19 jan (Lusa) - O PCP qualificou hoje a morte de Almeida Santos como uma "perda enorme para a democracia", lembrando o seu percurso de antifascista, o papel no processo de descolonização e a "atividade muito marcante na construção do Estado de direito".

"Foi um antifascista, designadamente pela ação que desenvolveu no grupo de democratas de Moçambique, que ele próprio dinamizou. Após o 25 de Abril, desde a primeira hora, teve um papel cimeiro na construção da democracia em Portugal, tendo tido enquanto ministro um papel muito importante no processo de descolonização, que se seguiu à revolução do 25 de Abril", afirmou o deputado António Filipe.

Falando aos jornalistas no parlamento, António Filipe começou por afirmar que a morte de Almeida Santos é uma "perda enorme para a democracia em Portugal".

O deputado comunista sublinhou que, "enquanto ministro, quer dos governos provisórios, quer dos governos constitucionais, desenvolveu uma atividade muito marcante na construção do Estado de Direito em Portugal" e desempenhou as mais altas funções do Estado.

Enquanto presidente da Assembleia da República, Almeida Santos manteve "uma postura de grande diálogo e de grande respeito para com todos os grupos parlamentares, o que contribuiu muito para o prestígio da Assembleia da República, é o que é muito marcante relativamente ao seu próprio prestígio pessoal junto de todas as forças políticas em Portugal", apontou.

"Com o falecimento do doutor Almeida Santos a democracia portuguesa fica mais pobre, perde uma das suas grandes figuras. Queremos, naturalmente, endereçar ao PS, de que era presidente honorário, as nossas sentidas condolências", declarou.

O antigo presidente da Assembleia da República e presidente honorário do PS morreu na segunda-feira em sua casa, em Oeiras, com 89 anos, pouco antes da meia-noite, depois de se ter sentido mal após o jantar.

O corpo de António Almeida Santos vai estar hoje, a partir das 17:00, em câmara ardente na Basílica da Estrela, em Lisboa, e será cremado na quarta-feira no cemitério do Alto de São João, também em Lisboa, pelas 14:00.

ACL // SMA

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