Protestos em Monção contra "instabilidade" directiva em agrupamento escolar

Protestos em Monção contra "instabilidade" directiva em agrupamento escolar
| Norte
Porto Canal

Vários estudantes, pais e alguns professores da Escola Secundária de Monção concentraram-se hoje junto ao estabelecimento de ensino em protesto contra a "instabilidade" que dizem viver-se naquele agrupamento escolar, desde 2012 com uma direção provisória.

"Há mais de um ano que há um conflito dento da escola, não há educação pública em Monção, os alunos são impedidos por manobras da direção provisória da escola de apresentarem listas para a associação de estudantes", disse à Lusa Ana Maria Oliveira, um dos rostos da manifestação de hoje.

Em concreto sobre as eleições para a associação de estudantes, os manifestantes afirmam que a atual direção provisória do Agrupamento de Escolas de Monção "não deu tempo suficiente para os alunos formarem e apresentarem listas e programas".

Durante o protesto, os manifestantes recordaram que as eleições para a direção do agrupamento - realizadas em dezembro de 2012 e em maio deste ano, mas entretanto anuladas pelo Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga - foram decididas por apenas um voto.

Por isso mesmo, apontam, o voto dos representantes dos alunos (o agrupamento conta com 1.995 estudantes) pode ser decisivo num novo ato eleitoral, ainda a realizar.

Contactada pela Lusa, a presidente da Comissão Administrativa Provisória (CAP) daquele agrupamento, Amélia Novo, afirmou que, com este protesto, a campanha eleitoral para as autárquicas no concelho "passou os muros da escola". Isto tendo em conta a associação, feita publicamente, de duas listas concorrentes à direção da escola aos partidos políticos que concorrem à Câmara Municipal.

"É lamentável que, no período da campanha eleitoral, ainda haja quem queira fazer aproveitamento da escola para fins políticos. Os alunos precisam de serenidade para aprender e os professores para ensinar", afirmou a responsável, recusando todas as acusações feitas durante a manifestação.

"Tenho a certeza que depois do dia 29 de setembro nada disto voltará a acontecer", frisou Amélia Novo, sublinhando que a contestação de hoje foi "residual" em termos de participação, não se tendo registado qualquer incidente.

Já segundo Ana Maria Oliveira, o ano letivo arrancou em Monção com "turmas de trinta alunos, vários deles com necessidades educativas especiais" e com encarregados de educação e alunos "impedidos de escolher os cursos, sendo pressionados para optarem por outros" por uma direção que, acusam, pretende continuar em funções "por nomeação política".

"Temos erros na elaboração de horários, uma evidente ausência de continuidade pedagógica em que na maior parte das turmas os professores mudaram quase todos. E nós estamos todos a protestar contra a instabilidade que temos há mais de um ano", apontou ainda.

Em declarações à Lusa no mês de agosto, face à contestação pública que há muito se faz sentir, localmente, sobre a indefinição diretiva naquele agrupamento - que passou a reunir a gestão de todas as escolas do concelho de Monção -, fonte do Ministério da Educação e Ciência explicou tratar-se de uma "decisão judicial". O tribunal, recordou, "estabeleceu que a eleição do conselho geral do agrupamento de escolar de Monção era irregular", decorrendo daí que "a eleição do diretor pelo conselho geral fosse também irregular".

"Não tendo tomado posse um novo diretor, os órgãos anteriores continuam em funções", disse, na ocasião, a mesma fonte, acrescentando que a organização do ano letivo não estava comprometida.

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