Mostra de Cinema Anti-Racista de volta ao Porto com sessões para crianças e jovens
Porto Canal com Lusa
Porto, 15 out (Lusa) -- A Mostra Internacional de Cinema Anti-Racista (MICAR) regressa ao Porto a partir de sexta-feira para a sua segunda edição, tendo como principal novidade as várias sessões para crianças e jovens no primeiro dia, disse hoje a organização.
Assim, a partir das 14:45 de sexta-feira, o pequeno auditório do Teatro Municipal Rivoli recebe uma sessão de curtas-metragens destinadas a crianças do 1.º ciclo do ensino básico, seguindo-se, às 16:15, para jovens do 3.º ciclo, "Kali, o Pequeno Vampiro", de Regina Pessoa, já distinguido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), e "Kaddish para um amigo", de Leo Khasin.
"Estas sessões não estão fechadas, as famílias podem vir, os adultos podem vir", disse à Lusa da parte do SOS Racismo Joana Santos, que realçou que o contacto com crianças e jovens é algo que a organização tem como um dos seus "eixos estratégicos", uma vez que se trata de idades quando "se começa a perceber quem são os outros e como é que nos relacionamos com eles".
Joana Santos lembrou que os três dias de MICAR vão incluir diversos debates: o realizador António Loja Neves e a jornalista Vanessa Rodrigues na sexta-feira a seguir a "Evaporating Borders"; no sábado, depois de "A Respeito da Violência", o debate vai contar com o recém-eleito deputado Jorge Campos e a também professora universitária Manuela Ribeiro Sanches; e, no domingo, a seguir a "Timbuktu" vão discutir o historiador Manuel Loff e Luís Guerra, do Observatório dos Direitos Humanos.
"Em 2015 celebram-se os 70 anos do fim da Segunda Guerra Mundial, os 50 anos da vitória do movimento dos Direitos Civis nos Estados Unidos e os 25 anos de vida do Movimento SOS Racismo. No entanto, aqueles que hoje partilham o mundo são ainda responsáveis por guerras e conflitos que semeiam o campo fértil do ódio e de novas formas de violência", pode ler-se no texto de apresentação da segunda MICAR, que procura "estimular a reflexão e o debate para que não vença a indiferença".
Joana Santos referiu que, apesar de não ser um evento que o SOS Racismo costume organizar está a ser feita "uma aprendizagem" e estão a ser adquiridos contactos com outros festivais de cinema do género, o que significa que seria "deitar fora todo esse acervo" caso a MICAR não continuasse nos próximos anos.
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