Menos 2.136 alunos e menos 96 docentes na Madeira no arranque do ano lectivo

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Porto Canal / Agências

Funchal, 11 set (Lusa) -- Menos 2.136 alunos vão frequentar as escolas da Região Autónoma da Madeira no ano letivo que começa entre os dias 17 e 19 que contará, também, com menos 96 docentes, anunciou hoje a Secretaria da Educação e Recursos Humanos.

"Como aconteceu no ano transato, verifica-se que há uma redução do número de crianças e jovens a frequentarem os estabelecimentos de educação", afirmou em conferência de imprensa, no Funchal, o secretário regional da Educação e Recursos Humanos, Jaime Freitas, considerando este número "significativo", mas ao qual os organismos se vão "habituando".

Jaime Freitas exemplificou que "ao longo de cada ano há uma redução de cerca de 2.000 alunos", referindo que a situação é o reflexo da descida das taxas de natalidade, mas, também, a opção das "famílias em matéria de emigração" ou "de fixação em alguma parte do país fora da região".

O governante adiantou que existe "uma clara opção das famílias" pela não inscrição dos filhos nas creches e nos estabelecimentos do pré-escolar, estes de frequência não obrigatória.

Segundo os dados da tutela, no ano letivo 2012/2013 51.049 crianças e alunos frequentaram os 207 estabelecimentos da região, das creches ao ensino secundário, número que passa este ano para 48.913 este ano. No total, serão 6.050 professores este ano a lecionar no arquipélago.

A maior descida registou-se nas creches, com menos 648 crianças, seguindo-se o 1.º ciclo, com menos 566 alunos.

Na conferência de imprensa de apresentação do ano letivo, o governante adiantou que a ação social educativa deverá abranger este ano letivo 54,44 por cento dos 11.647 alunos do 1.º ciclo e 45,06% dos 28.257 alunos do 2.º ciclo ao secundário.

"São números que pouco variam em relação ao ano transato, o que também era de esperar, porque as circunstâncias não variaram assim tanto em termos de rendimento médio das famílias", reconheceu.

Jaime Freitas garantiu que "está tudo em condições para que as escolas se iniciem, para que as famílias possam ter confiança em deixar os seus filhos nas escolas", reconhecendo, contudo, que possa haver algum aspeto que "pontualmente vai ser corrigido".

"Está tudo pronto, tudo preparado, para que os estabelecimentos de infância, as escolas possam dar início às suas aclividades dando resposta em pleno a todas as circunstâncias que são necessárias", declarou.

Aos alunos, o secretário regional salientou que se exige de "cada um daqueles que frequenta" as escolas "um empenhamento especial para que os resultados possam surgir".

"Não há resultados sem trabalho e isto envolve não só o trabalho dos alunos, dos professores, mas também um envolvimento profundo das famílias", realçou.

SR // GC.

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