Museu do Douro expõe no Brasil "o mais belo" do Património Mundial
Porto Canal / Agências
Esta exposição de fotografias selecionadas pelo MD, sediado no Peso da Régua, distrito de Vila Real, insere-se na iniciativa "Há um rio que começa no Douro e termina no Brasil", que a Associação dos Empresários Turísticos do Douro e Trás-os-Montes (AETUR) está a promover esta semana no Rio de Janeiro.
Em 16 fotografias mostra-se o "postal ilustrado" que é o Douro Património Mundial da Humanidade, classificado pela UNESCO em 2001.
O diretor do MD, Fernando Seara, afirmou à agência Lusa que esta exposição quer mostrar "o que de mais belo tem o Douro" e a paisagem construída ao longo de gerações.
Aos vinhedos em socalcos, às quintas, ao comboio histórico, ao rio e aos barcos juntaram-se os pequenos pormenores que identificam o território como, por exemplo, as tradicionais máscaras de madeira de Lazarim, concelho de Lamego.
"No seu próprio país os brasileiros estão mais habituados a verem a paisagem natural, como as cataratas. Nós não, nós construímos a beleza em que vivemos e é isso que tentamos mostrar", salientou Fernando Seara.
O responsável reforçou que o Douro Património Mundial se deve "ao trabalho de gerações e gerações que construíram aquilo que é hoje a sua identidade".
"É isso que trazemos para lhes mostrar, mas que é também um pouco da história do Brasil. Os portugueses que aqui vivem também construíram a sua vida e não foi fácil. Temos aqui um ponto de ligação e que foi um trabalho árduo de gerações", frisou.
A exposição está a passar pelos locais que servem de palco à iniciativa "Há um rio que começa no Douro e acaba no Brasil", como restaurantes e um hotel, que se localizam em locais emblemáticos do Rio de Janeiro, como a lagoa Rodrigo de Freitas, o morro da Urca, ponto intermédio antes de se subir ao Pão de Açúcar, ou a Lapa.
O projeto visa promover e divulgar as "âncoras do Douro": o vinho, o turismo e a cultura.
"O turismo do Brasil tem um grande potencial de crescimento para a nossa região. É fundamentalmente um turismo cultural, muito ligado ao vinho e o vinho representa a nossa cultura", concluiu Fernando Seara.
A iniciativa promovida pela AETUR resulta de uma candidatura a fundos comunitários de 'overbooking' de cerca de 100 mil euros e está a ser realizada com o apoio local do Grupo Baco, que detém uma revista especializada em vinhos.
PLI // MSP
Lusa/Fim