Ministro do Ambiente diz que abertura do PERM acaba com as "desculpas" das sucatas

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Porto Canal / Agências

Santa Maria da Feira, Arouca, 21 abr (Lusa) - O ministro do Ambiente defendeu hoje na Feira que o Parque Empresarial de Recuperação de Materiais (PERM) financiado pelos cinco municípios do Entre Douro e Vouga acaba com as "desculpas" para as sucatas que operam indevidamente em meio urbano.

"Não há nenhuma desculpa a partir de hoje para que não se tire partido desta infraestrutura e esta é uma realidade não só para estes cinco municípios [Feira, Arouca, Azeméis, S. João da Madeira e Vale de Cambra], mas também para os vizinhos", declarou Jorge Moreira da Silva na visita ao parque que ocupa em Pigeiros 232.000 metros quadrados distribuídos por 116 lotes.

Referindo que ficaram para trás os anos da chamada "economia linear", cuja produtividade era tão maior quanto mais recursos do território absorvesse, o governante apelou a que se aposte agora numa "economia circular" que "olhe para os resíduos como recursos fora do sítio".

"Os resíduos não são o último elemento da cadeia de valor - em muitos casos são o primeiro", realçou Jorge Moreira da Silva. "Isto é uma alteração de paradigma e este parque está em linha com essa realidade", acrescentou.

O ministro considera que o PERM representa assim "uma oportunidade" para o desenvolvimento da economia com preocupações ambientais tanto por parte de empresas como de entidades reguladoras. A propósito do Compromisso para o Crescimento Verde, que o Governo assina esta quarta-feira com mais de diferentes entidades de 10 setores, o governante estabelece como meta, aliás, que até 2030 a economia portuguesa passe a transformar mais resíduos.

"Hoje integramos 56% de resíduos na economia. Queremos chegar aos 86% até 2030", explica.

Para o presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, que em fevereiro deu o PERM como concluído, mas hoje afirmou que espera tê-lo "todo pronto em junho", a estrutura já representa uma grande aposta das autarquias do Entre Douro e Vouga na sustentabilidade ambiental.

"A obra começou antes da crise e foi em plena crise que prosseguimos com ela", evidenciou Emídio Sousa. "O projeto envolveu um investimento total de 16 milhões de euros, só teve fundos comunitários de 8 milhões e para tudo o resto foi preciso angariar fundos", continuou o autarca, revelando que 49% do capital do PERM foi adquirido pela construtora ABB em concurso público internacional.

Lembrando que, antes da construção do parque, os municípios do Entre Douro e Vouga apelaram à "tolerância" da tutela na fiscalização de sucatas e outras empresas de recuperação de materiais pelo facto de essas não disporem ainda de novas opções de localização, o presidente da Câmara também reconhece que essa fase já terminou.

"Está na hora de fazer uma verdadeira fiscalização às empresas que não estão licenciadas no território", diz Emídio Sousa. "Agora ninguém pode dizer que não tem alternativa nem precisa ficar no meio da cidade a poluir lençóis freáticos, solos, etc.", conclui.

AYC // MSP

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