Segurança: RASI destaca participação de portugueses a combater na Síria e Iraque

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Porto Canal / Agências

Lisboa, 31 mar (Lusa) -- O Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) de 2014 indica que há "uma tendência de participação" de alguns portugueses em atividades de redes terroristas como combatentes e no recrutamento e encaminhamento de elementos para a Síria e Iraque.

"A região síria-iraquiana confirmou-se em 2014 como principal palco da jihad internacional, particularmente na sequência da ascensão regional do grupo estado islâmico e do elevado contingente oriundo da Europa a combater naquela região, entre os quais se contam alguns cidadãos portugueses e luso-descendentes", refere o documento que hoje foi entregue na Assembleia da República.

O RASI adianta que apesar de, até ao momento, os dados disponíveis não revelarem "um envolvimento sistemático" de portugueses em palcos da jihad internacional, assiste-se a "uma tendência de participação de alguns concidadãos, na sua maioria convertidos, em atividades de redes terroristas transnacionais".

Segundo o RASI, os portugueses atuam nas redes terroristas como combatentes ou em domínios de recrutamento e encaminhamento de elementos para a Síria ou para o Iraque.

No capítulo dedicado às "ameaças globais à segurança", o documento refere também que foi mantida, em 2014, "a monitorização de questões associadas ao terrorismo separatista no espaço europeu, visando municiar as forças e serviços de segurança nacionais, de informações e pontos de situação que favorecessem a deteção de potenciais atividades desenvolvidas em Portugal".

O RASI, que classifica o terrorismo como uma das "principais preocupações securitárias no espaço europeu", indica ainda que esta ameaça exige uma "articulada correlação de esforços das forças e serviços de segurança" nacionais e internacionais, tendo em conta que é de "natureza difusa, imprevisível e de difícil contenção".

No âmbito dos extremismos ideológicos em 2014, o documento dá conta da existência de movimentos da extrema-direita, que continuam a destacar-se pelo "incremento das atividades do movimento skinhead neonazi".

"Alguns dos seus setores tentaram explorar, sem grande sucesso ou impacto, potenciais sentimentos anti-islâmicos, criando uma associação indevida com as ações terroristas jihadistas", lê-se no RASI.

A criminalidade violenta e grave desceu 5,4 por cento, em 2014, segundo o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI), hoje entregue na Assembleia da República.

De acordo com o relatório, que apresenta os principais resultados da criminalidade e atividade das forças e serviços de segurança, o ano passado registaram-se 19.061 casos de criminalidade violenta e grave, menos 1.086 do que em 2013.

CMP //GC

Lusa/fim

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