PR critica incómodo incompreensível de quem esconde previsões positivas de crescimento

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Porto Canal / Agências

Famalicão, Braga, 27 mar (Lusa) - O Presidente da República criticou hoje o "incómodo incompreensível" daqueles que tentaram esconder as palavras do secretário-geral da OCDE ao dizer que Portugal podia crescer 2% este ano, reiterando que "intriga e polémicas político-partidárias não criam um único emprego".

No discurso da sessão comemorativa dos 50 anos da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP), o último momento da quarta jornada do Roteiro para uma Economia Dinâmica, que o Presidente da República dedicou à indústria têxtil e vestuário, Cavaco Silva defendeu que se deve "divulgar as boas notícias que têm vindo a surgir relativamente à evolução da economia portuguesa e da economia europeia".

"Se o fizermos, estamos a contribuir para que se concretize uma possibilidade - que foi referida por mim próprio e pelo secretário-geral da OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico] na semana passada em Paris - da economia portuguesa crescer, no ano de 2015, 2%. Alguns aqui no país tentaram esconder as palavras do secretário-geral da OCDE. É uma atitude que revela algum incómodo incompreensível", criticou.

O Presidente da República reiterou que "os agentes políticos devem concentrar a maior parte da sua atenção no combate ao desemprego e à pobreza" porque é aí que reside "o verdadeiro interesse nacional", considerando que "a intriga e as polémicas político-partidárias não criam um único emprego".

"Como sabem, nos últimos dias têm vindo a ser revelados dados apresentados por instituições credíveis e independentes, dizendo que se está a assistir a uma recuperação mais acentuada do que a prevista pela economia portuguesa", frisou.

O chefe de Estado assegurou que vai continuar "a dar visibilidade aos bons exemplos" e a "difundir a evolução positiva da economia portuguesa", considerando que esta atitude é fundamental para "reforçar o clima de confiança que conduzirá a um aumento da produção das empresas e a um aumento da exportação das empresas".

JF // ZO

Lusa/fim

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