Vila Real, 09 ago (Lusa) -- A EDP anunciou hoje que concluiu o Estudo de Impacte Ambiental (EIA) que incluiu quatro alternativas de traçado para a instalação da linha de muito alta tensão que ligará a barragem do Tua à rede elétrica, no Douro.

O documento foi entregue na quinta-feira na Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).

Segundo disse hoje fonte da EDP, agora dar-se-á início ao procedimento de Avaliação de Impacte Ambiental (AIA), que culminará com a emissão da Declaração de Impacte Ambiental (DIA), num prazo estimado de cincou meses.

Esta linha tem como objetivo escoar a energia produzida no Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua (AHFT) para a Rede Nacional de Transporte de Eletricidade, em Armamar, com área inserida no Douro Património Mundial da UNESCO.

Segundo a EDP, o EIA inclui quatro soluções de traçado, das nove anteriormente apresentadas na Proposta Definição de Âmbito (PDA).

Tendo em conta os estudos realizados bem como os contributos já acolhidos, a EDP considera que o projeto, "imprescindível para o funcionamento do AHFT", "não criará impactes ambientais significativos e todas as medidas de minimização e compensação propostas permitirão contrabalançar eventuais danos".

A EDP prevê que o projeto e licenciamento se possa desenvolver de março a junho de 2014 e a construção da linha esteja concluída em dezembro de 2015, de modo a poderem ser iniciados os ensaios/testes de funcionamento do AHFT.

A construção da Barragem do Tua, bem como da linha de alta tensão, tem sido muito criticada por ambientalistas e associações que alegam que é um empreendimento incompatível com a classificação do Douro como Património Mundial da Humanidade.

Em junho, o Comité Mundial da UNESCO aprovou o projeto de deliberação que compatibiliza a Barragem de Foz Tua com o Douro Património Mundial, mas exige medidas de salvaguarda.

A organização solicitou ao Governo português informações sobre o EIA da linha de alta tensão, pedindo que a documentação seja enviada até 01 de setembro e antes de qualquer decisão sobre o traçado.

O primeiro projeto da linha de transporte de energia foi submetido a AIA em 2011, tendo sido objeto de um projeto de DIA desfavorável por não terem sido consideradas suficientes opções alternativas, nem avaliado o impacto do projeto sobre o ADV.

Em consequência, a EDP retirou o procedimento e teve que apresentar novas soluções que acomodem as preocupações manifestadas.

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