Câmara da Póvoa de Varzim apoia famílias dos pescadores naufragados em Sintra
Porto Canal / Agências
Póvoa de Varzim, Porto, 16 jan (Lusa) - A Câmara Municipal da Póvoa de Varzim está a apoiar psicológica e economicamente as famílias dos pescadores desaparecidos no naufrágio da madrugada de quarta-feira, ao largo da praia das Maçãs, em Sintra
"O apoio tem que ver com a solidariedade às famílias, a presença junto delas", afirmou o vice-presidente, Luís Diamantino que tem estado ao lado das famílias dos quatro pescadores poveiros que continuam desaparecidos.
"Levamos uma psicóloga, uma assistente social e um técnico para fazer o levantamento socioeconómico do agregado e estamos a recorrer ao Fundo de Emergência Social para prestar algum apoio económico", explicou o autarca.
Entre os quatro desaparecidos, já todos identificados, está um cidadão ucraniano, residente na Póvoa de Varzim, mas que não tem família cá, como explicou o vice-presidente. "Ele vivia sozinho, conseguimos falar com um amigo que nos deu o contacto do irmão na Ucrânia".
Luís Diamantino adiantou que a autarquia colocou já à disposição um veículo para o transporte das famílias até Sintra assim que haja novidades.
"Temos de prevenção uma carrinha de 16 lugares com motorista pronta para a qualquer momento transportar os familiares para o local. De momento resta-nos dar-lhes algum conforto e carinho neste momento de grande dor", completou.
O naufrágio da embarcação 'Santa Maria dos Anjos', com cerca de 11 metros, registada em Olhão, mas de um armador do Norte do país, ao largo da Praia das Maçãs, com seis pescadores a bordo, aconteceu na madrugada de quarta-feira
Um pescador, luso-francês, de 26 anos, único sobrevivente, conseguiu nadar para terra agarrado a uma boia e subiu a arriba na zona do Mindelo, perto da Praia das Maçãs, batendo à porta de habitações a pedir socorro, até ser encontrado pelo guarda-noturno, alertado por uma moradora.
A embarcação tinha saído de Peniche, cerca das 21:00 de terça-feira, e "estava a navegar para uma zona de pesca ao linguado", ao largo de Cascais, com seis ocupantes, com idades entre os 27 e os 51 anos, segundo José Festas, presidente da associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar.
Os pescadores são oriundos dos concelhos de Vila do Conde e Póvoa de Varzim, e um será de origem ucraniana.
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