Estação do Romeu na Linha do Tua usada para guardar gado e maquinaria

| Norte
Porto Canal com Lusa

O Movimento Cívico pela Linha do Tua (MCLT) denunciou hoje que a estação do Romeu da desativada Linha do Tua, na zona de Mirandela, Bragança, está a ser usada para guardar gado, maquinaria e outro material de particulares.

A denúncia é feita numa carta divulgada hoje e dirigida ao presidente da Refer, a empresa responsável pelo património ferroviário nacional, que confirmou à Lusa ter conhecimento desta e outras situações relatadas e que as mesmas estão a ser averiguadas.

De acordo com o movimento, a antiga estação do Romeu "está a ser abusivamente utilizada para o estacionamento de maquinaria e o armazenamento de manilhas" e "foi agora detetada a presença de cercas no canal e na entrada rodoviária para o cais coberto, e a utilização deste como curral para gado ovino/caprino".

O autor da denúncia solicita "com carácter de urgência a instauração de um Auto de Notícia a todos os intervenientes na ocupação ilegal da estação e dos seus espaços, para a retirada imediata da maquinaria, material de construção civil e cercas de arame, e do gado".

Acrescenta ainda que "têm desaparecido também sistematicamente vários segmentos de carris dentro do espaço da estação".

O movimento cívico denuncia outros furtos de carris e brita, a existência de uma vedação da Autoestrada Transmontana (A4) sobre a antiga linha, o desaparecimento do canal em algumas zonas e a falta de reposição de carris em troços onde ocorreram furtos, como na estação de Abreiro, há um ano.

Contactada pela Lusa, a Refer esclareceu apenas, por escrito, que as "situações mencionadas são do conhecimento" da empresa e que a mesma lavrou "os respetivos Auto de Noticia, estando alguns casos a ser alvo de averiguações".

Na carta dirigida ao presidente da Refer, o movimento apela para que a empresa proceda à "correção" das situações denunciadas e propõe a criação de "Santuários de Conservação" na Linha do Tua para evitar a "degradação acelerada e irreparável" do património existente

As denúncias feitas na carta são acompanhadas por fotografias, através das quais o movimento pela Linha do Tua tem registado a "monotorização" que tem feito nos últimos anos da ferrovia desativada, desde 1991, entre Bragança e Mirandela, e sem circulação ferroviária, há mais de seis anos, no troço que restava até ao Tua.

O futuro da linha neste troço de cerca de 50 quilómetros, entre Mirandela e o Tua, está dependente do financiamento de fundos comunitários do plano de mobilidade elaborado como contrapartida da aprovação da barragem em construção no rio transmontano e que vai submergir parte da ferrovia até à Brunheda.

O Movimento Cívico pela Linha do Tua nasceu depois dos acidentes que, desde 2007, lançaram para a ribalta a ferrovia transmontana, seguidos da polémica em torno da barragem em construção há quatro anos na foz do Tua e com conclusão prevista para 2016.

Este movimento tem contestado a barragem e defendido a preservação da linha com diversas iniciativas, a mais recente denominada " Entrar na Linha" para limpeza de espaços e plataformas.

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