Câmara de Matosinhos quis manter zona lúdica com novo acordo do Raft Park

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Porto Canal / Agências

Porto, 30 jul (Lusa) -- O presidente da Câmara de Matosinhos, Guilherme Pinto, explicou hoje que o novo contrato de arrendamento com "um dos credores do Raft Park" cumpre o objetivo da autarquia de ter ali uma zona lúdica com parque de diversões.

"É um fornecedor de parte dos equipamentos que lá estão. É um credor privilegiado do Raft Park que propôs à Câmara tomar conta [do espaço]. O espírito é o mesmo. Para a câmara o importante é que aquela seja uma zona lúdica", afirmou Guilherme Pinto.

O autarca falava a propósito da assinatura marcada para hoje, com uma empresa espanhola, do contrato de exploração do parque de diversões Raf Park, após a rescisão do protocolo com o anterior promotor.

"A Câmara podia ficar com as benfeitorias que lá estavam e que pertencem à Câmara, particularmente o parque de estacionamento, mas a autarquia não sabe gerir parques de animação. Portanto, se outra empresa quer tentar dar vida ao parque, tudo bem", esclarece.

Guilherme Pinto sustenta que "as contrapartidas da câmara estão lá todas" e que a intenção da autarquia "sempre foi atrair para aquela zona parque de diversões".

O autarca admite que os credores ficaram a dever "50% da renda", o equivalente a "cerca de 60 mil euros" mas "fizeram as infraestrutura, acessos e parque estacionamento" que agora são da Câmara de Matosinhos.

Em comunicado enviado às redações na segunda-feira, a Câmara refere que o contrato será assinado com a empresa espanhola Obras y reformas el Castor, SL, proprietária da Sociedade Madrilena de Atracciones, SA, que pretende reabrir o parque em "meados de agosto".

"Por dificuldades inerentes ao anterior promotor, que investiu cerca de três milhões e euros, não foi possível concretizar o projeto inicial que previa a instalação de um parque de diversões com características únicas no norte de Portugal", admite o município.

Inaugurado a 15 de junho do ano passado e de portas abertas desde o dia 26 do mesmo mês, o Raf Park fechou inesperadamente menos de quatro meses após a abertura, tendo na altura a administração alegado estar em "obras de manutenção" e garantido estar já previsto o encerramento do parque radical durante o inverno.

O Movimento "Matosinhos Sempre", liderado por Narciso Miranda, alertou então, numa nota de imprensa, que o novo contrato foi "realizado sem consulta ao mercado, sem garantir a livre concorrência, sem transparência e sem garantir as mesmas oportunidades".

"Trata-se de persistir no mesmo erro que conduziu à entrega de parque ao fracassado projeto do Raft Park com gravíssimos prejuízos para os cofres municipais", explicaram os vereadores no comunicado.

Já hoje, o candidato do PSD à Câmara Municipal de Matosinhos acusou o presidente da autarquia de "desbaratar" dinheiro no Raf Park e de "tapar o sol com a peneira" com a solução encontrada para o local, exigindo "prestação de contas".

ACG(PD/JYCR) // JGJ

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