Viana do Castelo, 11 dez (Lusa) - A Sé Catedral de Viana do Castelo está a ser alvo de uma empreitada de reabilitação, superior a meio milhão de euros, com prazo de conclusão para junho de 2015, disse hoje à Lusa o padre Armando Dias.

De acordo com o pároco da Sé, a intervenção, a realizar em quatro fases, integra-se no projeto a "Rota das Catedrais no Norte", promovida pela Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN) e cujo investimento total em sete templos ascende a 4,5 milhões de euros.

Além da Sé de Viana do Castelo, o projeto, com comparticipação do Programa Operacional Regional do Norte (ON2), abrange as catedrais de Braga, Lamego, Porto, Vila Real, Miranda e Bragança.

Em Viana do Castelo a intervenção começou em novembro passado com a recuperação dos altares de Nossa Senhora das Dores e Nossa Senhora dos Artistas.

O investimento ultrapassa os 25 mil euros e deverá estar concluído até final do ano.

Dentro de um mês, adiantou o padre Armando Dias, avançará a reabilitação das torres e fachadas da Sé, empreitada orçada em mais de 127 mil euros.

Em preparação, segundo o pároco da Sé, estão mais duas fases, uma das quais "permitirá a criação de um núcleo museológico nas salas inferiores da Sé".

"Temos alguma ourivesaria, estatuária, livros, telas, tecidos, sedas, loiças. Temos imensa coisa para mostrar no futuro núcleo museológico e teríamos mais se não fosse o incêndio de 1809 que quase destruiu a Sé", explicou.

A Sé Catedral de Viana do Castelo é uma construção do Século XV, de estilo românico, classificada como Imóvel de Interesse Público desde 1953.

De acordo com o pároco as duas últimas fases da intervenção vão permitir recuperar espaços "que se encontram muitos degradados bem como a sua interligação".

"Atualmente o espaço interior da Sé parece um labirinto. Com estas obras, as salas inferiores e superiores vão ser interligadas criando um percurso Litúrgico, Pastoral e Histórico", adiantou.

O projeto a "Rota das Catedrais a Norte", segundo consta da página da DRCN na internet, tem como objetivo "permitir uma leitura integrada daquele património, numa dupla vertente: por um lado, apostando na investigação e recuperação do edificado e, por outro, divulgando, valorizando, potencializando o desenvolvimento económico e social dos territórios".

"Já é bom que nos tenham contemplado mas há muito mais para recuperar. Dois órgãos de tubos, os altares imensos e muitas imagens. Se nos dessem mais dois milhões era uma maravilha", sustentou o padre Armando Dias.

O pároco da Sé adiantou defendeu ainda a criação de um roteiro religioso para dar a conhecer "a riqueza do património da cidade".

"Bem articulado este património é algo de maravilhoso para os turistas. Viana do Castelo não fica atrás de outras cidades no património artístico e religioso que tem", afirmou.

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