"Sucesso do calçado de Felgueiras também se deve aos trabalhadores"

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Porto Canal / Agências

Felgueiras, Porto, 04 dez (Lusa) - O presidente da Associação Empresarial de Felgueiras (AEF), Nuno Fonseca, elogiou hoje os trabalhadores das empresas de calçado do concelho, defendendo que a competência dos recursos humanos também explica o sucesso do setor.

"Hoje há uma grande proximidade entre patrões e colaboradores. Há entre eles um respeito mútuo e percebe-se que o sucesso das empresas deve-se também aos colaboradores", considerou o dirigente.

Em declarações à Lusa a propósito da Gala do Empresário de Felgueiras, agendada para sexta-feira, Nuno Fonseca insistiu haver "um bom ambiente" nas empresas do concelho, em especial no setor de calçado.

Segundo os dados oficiais do setor, as exportações de calçado produzido em Felgueiras, cresceram 60% de 2009 até 2012, tendência que prosseguiu nos anos mais recentes.

O concelho de Felgueiras, no distrito do Porto, é o maior produtor de calçado do país, com um mercado internacional de mais de 150 clientes, exportando 95% da sua produção.

O volume global de negócios daquela indústria no concelho é superior a 600 milhões de euros.

Para o presidente da AEF, o facto de o país reconhecer hoje "no setor do calçado de Felgueiras um exemplo a seguir, como tem sido evidenciado com as sucessivas visitas de governantes", também representa "um novo alento para os colaboradores".

"Hoje sente-se um bom ambiente nas empresas. As pessoas respiram alegria. Cada operário que está na linha de produção faz parte da indústria mais 'sexy' da Europa", assinalou.

Nuno Fonseca sublinha que o bom ambiente também decorre da mudança de atitude de muitos empresários, que estão hoje mais motivados para proporcionar boas condições de trabalho e formação aos seus colaboradores.

"Eles [empresários] sabem que os trabalhadores são fundamentais para a competitividade das suas indústrias", vincou.

Questionado sobre se o sucesso do setor em Felgueiras se tem traduzido em melhorias para os trabalhadores, o dirigente assinalou que o concelho apresenta das mais baixas taxas de desemprego do país. Destacou ainda a maior estabilidade laboral e social que o setor tem proporcionado nos últimos anos.

À Lusa, admitiu ter havido também "algumas melhorias" nas remunerações atribuídas aos trabalhadores.

Outra consequência do bom momento do setor é a recuperação do comércio local, que Nuno Fonseca atribui à melhoria do poder de compra no concelho, nomeadamente das pessoas que dependem da indústria de calçado.

Em 2014, disse, estão a abrir em média, por mês, cinco nova lojas comerciais no concelho, invertendo a tendência que se verificava há vários anos.

Além disso, observou, dezenas de comerciantes estão a remodelar as suas lojas, "num sinal de otimismo em relação ao futuro".

APM // MSP

Lusa/fim

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