Fernando Ruas diz desconhecer quantas freguesias tem agora Viseu

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Porto Canal / Agências

Viseu, 25 jul (Lusa) - O presidente da Câmara de Viseu garantiu hoje que tapou os ouvidos para não saber quantas freguesias tem atualmente o concelho que lidera há 24 anos, depois de algumas terem sido agregadas com a Lei da Reorganização Administrativa do Território.

"Não sei quantas freguesias temos neste momento, pois tapei os ouvidos e não quis saber. Quando sair, daqui por dois meses, deixo o concelho com as mesmas 34 freguesias", sustentou.

Com a Lei da Reorganização Administrativa do Território, algumas freguesias foram agregadas, passando o concelho de Viseu de 34 para 25 freguesias.

Uma reforma que, na sua opinião, "não deveria ter sido feita" ou "deveria ter sido feita de outra maneira".

Na última reunião descentralizada de juntas do seu último mandato, que decorreu durante hoje de manhã em Cavernães, o autarca do PSD destacou este tipo de encontros - 204 em 24 anos - que diz terem sido pensados para esbater as assimetrias entre as freguesias.

"No meu concelho, os presidentes de junta são os principais obreiros do salto qualitativo que se registou no concelho. Arranjámos os meios para eles executarem no terreno", disse.

No seu discurso, assente numa tónica de despedida, Fernando Ruas referiu que ao longo dos últimos seis mandatos seguiu sempre "uma política de sentido único", em que não era permitida a marcha atrás.

"Só se parou para se consultar o mapa e ver se era a direção certa. Assim, foi possível chegar ao concelho que temos atualmente", alegou.

O autarca apontou que ao longo da sua liderança foram celebrados cerca de 10 mil contratos-programa, com cada um deles a equivaler a uma obra nova ou a uma obra de requalificação.

"Só quem for completamente invisual pode dizer que está tudo igual. Sei que o concelho é grande, mas não é possível esconder as 10 mil obras", ironizou.

Admitiu que se tivesse a oportunidade de voltar atrás, não voltaria a fazer tudo igual, especialmente nas obras de menor impacto e no polémico caso das pedradas.

"Se soubesse o efeito que iria ter, tinha dito algo diferente. Se calhar tinha dito: mata-o com uma flor", gracejou.

No entanto, nos princípios gerais de administração pública, garante que continuaria a fazer tudo igual.

Na reunião de despedida, o também presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) criticou a Lei da Limitação de Mandatos, que o impede de voltar a concorrer à Câmara de Viseu.

"É uma lei que não se percebe. Agora, quem votou a lei é candidato", lamentou.

Sobre o futuro, Fernando Ruas diz apenas que vai continuar a ser um cidadão com responsabilidades e liberto para fazer o que quer.

"Sei que muita gente queria ouvir que não ia ser nunca mais candidato, mas era o que faltava. Não sei como vai ser daqui a uns anos", concluiu.

CMM // SSS

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