Cinanima com 21 estreias mundiais e 46 nacionais após recorde de filmes inscritos

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Porto Canal / Agências

Espinho, 07 nov (Lusa) - A 38.ª edição do Cinanima - Festival Internacional de Cinema de Animação de Espinho arranca na segunda-feira com 21 estreias mundiais e 46 nacionais, tendo a concurso 88 filmes selecionados após um recorde de candidaturas na história do evento.

O certame decorre até 16 de novembro e, em declarações à Lusa, a assessora de comunicação do evento, Carla Relvas, explica que as 88 obras em competição resultam de uma prévia análise aos 1.328 filmes que concorreram à presente edição do festival.

"Em 38 anos de Cinanima, sempre recebemos muitas inscrições, num crescimento gradual", admite Carla Relvas. "Mas para a edição de 2013 recebemos cerca de 840 candidaturas e este ano, em comparação, registámos um aumento de quase 60% nas inscrições, o que significa que atingimos um recorde", realça.

Para essa responsável, o salto deve-se a "uma maior promoção do festival no circuito internacional", mas também a "mais produção e mais jovens realizadores a fazerem filmes".

As escolas europeias de cinema continuam a ter um papel relevante nesse estímulo, o que explicará que, entre as 19 nacionalidades a concurso, o país mais representado no certame seja a França, que aí apresenta 18 filmes. Seguem-se a Holanda, com seis, e o Canadá e a Rússia, ambos com quatro obras cada.

A participação portuguesa, por sua vez, expressa-se em 11 filmes candidatos ao Prémio António Gaio e em 17 que competem pela distinção de Melhor Jovem Cineasta.

"Obviamente, o facto de o grande premiado do Cinanima entrar automaticamente para a 'short list' de candidatos ao Oscar também é um factor importante", reconhece Carla Relvas. "Há largos anos que esse aspeto vem chamando muitos realizadores ao concurso, sobretudo porque há poucos festivais com esta vantagem", explica.

A edição de 2014 do evento conta assim com seis sessões competitivas de curtas-metragens e quatro de longas, para além de duas exibições especiais no dia de abertura do festival e várias retrospetivas.

Contabilizando as obras a concurso e os programas não-competitivos, o certame integra cerca de 250 filmes e há dois temas que se destacam como nota dominante entre esses: a I Guerra Mundial e a Bretanha.

No primeiro caso, Carla Relvas afirma que a temática está relacionada com a celebração do centenário da I Grande Guerra e será por isso abordada em três programas específicos. Já no que se refere aos filmes bretões, a escolha deve-se ao facto de o júri internacional do certame incluir o francês Bruno Collet, que trabalha com uma das principais produtoras dessa região francesa.

Toda a programação do festival está dispersa por várias salas da cidade de Espinho, destacando-se este ano o regresso ao auditório do casino, que acolhe a sessão sobre os filmes finalistas ao prémio Cartoon D'Or, o programa sobre a Grande Guerra e várias sessões para crianças.

"A principal razão para voltamos ao casino é essa: vamos ter mais crianças no festival", anuncia Carla Relvas. "A lista de inscrições ainda não está fechada, mas estamos a contar com cerca de 7.000 estudantes de vários gaus de ensino, de escolas de Espinho e dos concelhos limítrofes", revela.

Oficinas, 'workshops' e conferência são outras das atividades que fazem parte do programa do 38.º Cinanima, que, além do casino, se distribui também pelo Centro Multimeios, pelo Fórum de Arte e Cultura de Espinho e pela Biblioteca Municipal José Marmelo e Silva.

Várias sessões são de entrada livre, outras implicam a aquisição de bilhetes a preços entre os 1,5 e os 3,5 euros, sendo que também estão disponíveis 'packs' especiais para 12 sessões e um passe geral para todo o evento.

AYC // JGJ

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