PSD, CDS-PP e PCP reagem hoje ao 'falhanço' do acordo de salvação nacional

| Política
Porto Canal / Agências

Lisboa, 20 jul (Lusa) - PSD, CDS-PP e PCP vão reagir hoje oficialmente ao fim do processo de diálogo entre maioria e o PS com vista a um acordo de médio prazo proposto pelo Presidente da República, Cavaco Silva.

Na sexta-feira à noite, o secretário-geral do PS, António José Seguro, deu como terminado o processo de diálogo com vista ao 'compromisso de salvação nacional' proposto pelo Presidente da República, numa intervenção pública em que acusou a maioria PSD/CDS-PP de ter inviabilizado esse entendimento.

Para hoje, às 13:00, está marcada uma declaração do primeiro vice-presidente do PSD, Jorge Moreira da Silva, que liderou a delegação social-democrata no processo de conversações tripartido iniciado no domingo.

Já o CDS-PP optou por reunir a comissão política nacional a partir das 17:30 para "analisar o processo de diálogo entre PSD, PS e CDS".

Antes, às 12:00, será a vez do secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, que sempre se opôs ao processo de conversações, reagir oficialmente ao 'falhanço' do processo.

Também hoje os líderes do PSD e do PS têm agenda partidária: Pedro Passos Coelho participa no aniversário da Juventude Social-democrata (JSD), no Vimeiro, e António José Seguro em iniciativas autárquicas do partido em Matosinhos e Amarante.

O Bloco de Esquerda ainda comentou na sexta-feira à noite o fim do processo de diálogo entre o PSD, PS e CDS-PP, com o coordenador João Semedo a dizer que "o plano tutelar" do Presidente da República "para salvar o Governo fracassou" e que "a saída democrática" passa pela demissão do Governo e a realização de eleições legislativas antecipadas.

João Semedo criticou ainda a linha seguida pelo líder do PS, acusando-o de ser "contraditório" e advertindo que as posições de António José Seguro na sua declaração ao país teriam sido "base suficiente para uma discussão com a esquerda".

Na sexta-feira, realizou-se a oitava reunião entre PSD, PS e CDS-PP desde o início do processo de diálogo e o comunicado final não se referia ao andamento das conversações nem apontava para futuras reuniões. Durante a tarde, os líderes dos três partidos - Pedro Passos Coelho, António José Seguro e Paulo Portas - foram a Belém reunir-se com Cavaco Silva.

Por volta das 19:00, o chefe de Estado emitiu um curto comunicado onde referiu apenas que as audiências serviram para "conhecer a avaliação que os respetivos partidos fazem do processo negocial visando alcançar um compromisso de salvação nacional".

Uma hora depois, António José Seguro punha um ponto final no processo, dizendo que o entendimento foi inviabilizado por responsabilidade da maioria PSD/CDS, por entenderem que "está tudo bem no país", enquanto o PS pretendia "um novo rumo".

Seguro disse ainda que não se justificava prolongar as conversações com o PSD e CDS dada a diferença de posições e que cabe agora ao Presidente da República decidir o que fazer.

A Lusa tentou contactar na sexta-feira à noite, sem sucesso, a assessoria da Presidência da República.

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Lusa/fim

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