Movimento cívico quer "Salvar Circuito da Boavista" no Porto

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Porto Canal / Agências

Porto, 31 out (Lusa) -- Um grupo de cidadãos criou o movimento cívico "Salvar o Circuito da Boavista" pelo regresso das provas de automobilismo ao Porto, alegando que, mais do que um evento desportivo, a sua realização deve ser "um desígnio nacional".

O movimento surgiu esta semana, na rede social Facebook, e aparece após a Câmara do Porto ter decidido suspender a realização do Circuito da Boavista em 2015, alegando que, face ao corte de apoios do Turismo de Portugal, gastar cerca de três milhões de euros numa prova de automobilismo poderia por em causa "as boas contas" do município.

As corridas do Circuito da Boavista foram relançadas na cidade pelo anterior presidente da Câmara, o social-democrata Rui Rio, em 2005, inicialmente com carros históricos e depois com as provas WTCC (Campeonato Mundial de Carros de Turismo).

Este movimento de cidadãos "pretende demonstrar a importância do Circuito da Boavista para a promoção da cidade", destacando o seu "impacto económico na comunidade local e restantes benefícios associados à realização do evento", afirmou hoje, em declarações à agência Lusa, Júlio Sousa, uma das oito pessoas que decidiram criar este movimento.

Segundo Júlio Sousa, o objetivo é sensibilizar o maior número de pessoas para a importância deste circuito na cidade, "porque as corridas são apenas um pretexto para tudo o que se passa à volta".

Na sua opinião, é inquestionável a mais-valia do Circuito da Boavista, além do mais porque "este foi sempre o circuito [integrado no calendário da Federação Internacional de Automobilismo] com maior audiência televisiva".

O movimento lançou na quarta-feira uma petição pública na Internet pelo regresso do Circuito da Boavista, que é dirigida ao presidente do Turismo de Portugal, ao presidente da Câmara do Porto e aos secretários de Estado do Desporto e do Turismo, sendo que às 11:20 de hoje contava com 1.530 assinaturas.

Os subscritores afirmam que o Circuito da Boavista "é um investimento que, na edição de 2013, garantiu ao país um retorno de 88 milhões de euros e uma promoção turística de grande importância nesta fase da vida económica do país".

"Pelo seu impacto económico, o maior evento desportivo de Portugal foi mesmo considerado uma 'alavanca contra a crise', razão pela qual a sua realização deve ser um desígnio nacional", sustentam.

Para o movimento, "assinar e partilhar esta petição é apoiar o circuito da Boavista, em particular, e o turismo, o desporto e a economia, em geral".

Está também agendada uma vigília para o dia 06 de dezembro, entre as 15:30 e as 21:30, na avenida da Boavista.

"Temos consciência que será muito difícil ter corridas na Boavista em 2015, mas o nosso objetivo é trabalhar para que possível realizar as provas em 2016 e nos anos seguintes", frisou Júlio Sousa.

O corte nos apoios do Turismo de Portugal ao rali de Portugal "parece-nos ser a razão para o que terá estado na origem dos cortes ao Circuito da Boavista", disse.

"Como não foi dado apoio ao Rali de Portugal não poderia ser dado apoio aqui. O circuito estará a sofrer um dano colateral", referiu.

Para Júlio Sousa, nesta questão "estão em causa os 650 mil euros que a Eurosport cobra" para este circuito.

JAP // JGJ

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