Caças portugueses escoltam aviões militares russos em espaço aéreo internacional

Caças portugueses escoltam aviões militares russos em espaço aéreo internacional
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Porto Canal

Dois caças F-16 portugueses descolaram hoje da Base Aérea de Monte Real, Leiria, para identificar e escoltar dois aviões militares russos que se encontravam em espaço aéreo internacional, sob responsabilidade de Portugal, disse fonte militar.

"Os aviões militares foram identificados quando se encontravam em espaço aéreo internacional, na zona do Atlântico Norte, que é controlado e vigiado por Portugal. Os aviões foram identificados por voarem sem plano de voo e sem estabeleceram qualquer contacto, representando um risco para a aviação civil", explicou à agência Lusa uma fonte militar.

Por sua vez, fonte oficial da Força Aérea Portuguesa informou que não iria fazer comentários acerca da operação, remetendo esclarecimentos para um comunicado da NATO (Aliança Atlântica).(Corrige a fonte da informação do primeiro, segundo e terceiro parágrafos).

A agência noticiosa francesa AFP avançou hoje que a NATO informou, em comunicado, ter detetado "manobras aéreas incomuns" e de "grande escala" da Rússia no espaço aéreo sobre o Oceano Atlântico e os mares Báltico, do Norte e Negro, nos últimos dois dias.

Segundo a NATO, os aparelhos russos não tinham apresentado planos de voo, não estabeleceram qualquer contacto com as autoridades de aviação civil e não responderam às comunicações, o que "representa um risco potencial para os voos civis".

No comunicado, citado pela AFP, a NATO adiantou ainda que "detetou e controlou quatro grupos de aviões militares russos a realizarem manobras militares significativas no espaço aéreo europeu", entre terça-feira e hoje.

Aeronaves de três países da Aliança Atlântica descolaram de quatro locais diferentes para realizarem as missões de interceção dos quatro grupos de aviões militares russos "em manobras" nos espaços aéreos dos mares Báltico, do Norte e Negro.

A mais importante operação mobilizou aparelhos de três países da NATO, após a deteção de um grupo de oito aviões russos - quatro bombardeiros e igual número de aeronaves de reabastecimento - a voarem em formação sobre o Atlântico. Aviões da força aérea norueguesa dirigiram-se ao encontro dos aparelhos russos para os identificar.

Seis aviões militares russos alteraram as rotas, mas dois outros, bombardeiros Tupolev-95, não mudaram a direção, levando aparelhos da força aérea britânica a descolarem para os escoltarem até serem entregues à Força Aérea Portuguesa, igualmente para escolta, quando entraram em espaço aéreo internacional da responsabilidade de Portugal.

Os outros aviões russos foram controlados pelas forças britânicas e norueguesas.

Outra operação foi conduzida pela Força Aérea turca sobre o mar Negro, para controlar um grupo de quatro aeronaves russas, incluindo dois bombardeiros Tupolev-95, disse a NATO.

Caças alemães também intervieram na terça-feira, para controlar um grupo de sete aviões de combate russos em manobras sobre o mar Báltico.

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