PSD de Ponte de Lima pede consulta popular sobre novo edifício para a Câmara

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Porto Canal / Agências

Ponte de Lima, 29 out (Lusa) - O PSD de Ponte de Lima defendeu hoje, à Lusa a realização de uma consulta popular sobre o projeto do novo edifício para a autarquia orçado em 6,5 milhões de euros, incluído no orçamento de 2015.

"Tendo em consideração o investimento avultado que essa obra representa e o facto de não constar do programa eleitoral do CDS, sufragado nas últimas eleições autárquicas, deverá haver uma discussão pública do projeto, que envolva as forças vivas do concelho, e posterior auscultação da população", afirmou Manuel Barros.

A posição do vereador do PSD surge na sequência da aprovação, na segunda-feira, do Plano de Atividades e Orçamento (PAO) para 2015.

O documento foi aprovado pela maioria do CDS, composta por cinco elementos, com os dois votos contra dos vereadores da oposição, Manuel Barros pelo PSD, e Filipe Viana do Movimento 51.

O PAO para o próximo ano é de 30 milhões de euros, menos cerca de 200 mil do que em 2014. Daquele montante, cerca de 6,5 milhões estão reservados para o "Projeto Integrado para a Requalificação da Administração e do Serviço Público Municipal".

"O projeto não prevê só a construção dos novos Paços do Concelho mas é também a mudança de alguns serviços, nomeadamente, a Biblioteca, o Arquivo e a Sede da Junta de Freguesia da vila. É uma nova realidade urbana que pode afetar a própria dinâmica do centro histórico que já se debate com alguns problemas de desertificação", afirmou Manuel Barros.

A Lusa contactou o presidente da autarquia, Vítor Mendes, que se escusou, "para já", a prestar declarações sobre o assunto.

Já o vereador do PSD considerou que projeto "levanta muitas dúvidas" porque para o mesmo local chegou a estar prevista a construção de um centro de congressos e de um parque de campismo.

"A ideia do centro de congressos foi abandonada, o parque de campismo, que orçava em quatro milhões euros, também ficou na gaveta e agora surge este projeto", adiantou.

No seu entender "não se justifica gastar 6,5 milhões de euros no novo edifício para a autarquia quando a realidade demonstra que as pessoas cada vez mais utilizam as novas tecnologias em vez de se deslocarem à Câmara Municipal, e até porque a tendência é para a redução do número de funcionários camarários".

"As atuais instalações são suficientes porque ainda há poucos anos foram requalificadas. Nesse sentido, defendo que a população limiana deve ser chamada a pronunciar-se", sustentou.

Para Manuel Barros "há outras prioridades" como o investimento no desenvolvimento empresarial do concelho, "uma lacuna" que disse ter encontrado no PAO de 2015.

"Ponte de Lima não está a conseguir aproveitar a sua centralidade geográfica para criar uma dinâmica de atração de investimento. Temos boas vias de comunicação que nos ligam rapidamente aos portos de mar de Viana do Castelo e Vigo (Espanha), e não estamos a aproveitar isso", afirmou.

ABYC // MSP

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