Profissionais de polícia preocupados com "envelhecimento" do efectivo

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Porto Canal / Agências

Porto, 24 out (Lusa) -- O líder da Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP/PSP), Paulo Rodrigues, manifestou hoje no Porto a sua preocupação relativamente ao "envelhecimento" e à "redução da capacidade operacional" do efetivo.

Em causa, segundo disse, o facto de a proposta de Orçamento do Estado para 2015 (OE2015), já apresentada, não ser clara quanto à possibilidade de haver pré-aposentações nas forças policiais.

"Além da falta de efetivo, temos neste momento um grave problema: um efetivo bastante envelhecido. Atualmente, na Polícia de Segurança Pública, por exemplo, temos uma idade média que anda à volta dos 44/45 anos. Ora, não havendo passagens para a pré-aposentação, esta idade média vai aumentar bastante", explicou.

Paulo Rodrigues produziu estas declarações após uma reunião da Comissão Coordenadora Permanente dos Sindicatos e Associações dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança - que congrega os principais sindicatos da PSP, GNR, Polícia Marítima, SEF, Guarda Prisional e ASAE - para analisar o OE2015, no que diz respeito à área da Segurança Interna.

Deixando claro que o problema do "envelhecimento" não é exclusivo da PSP, mas sim "transversal" às várias forças policiais, frisou que, para que a resposta operacional não fique comprometida, será necessário que os polícias "tenham uma idade média abaixo dos 40 anos".

O representante da ASPP/PSP revelou especial preocupação com os comandos do Interior, onde, assegura, a média de idades anda já nos 50 anos, situação que, aliada ao facto de não haver novos ingressos, poderá originar um "grave problema".

Paulo Rodrigues pediu ainda esclarecimentos ao ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, relativamente ao subsistema de saúde das forças policiais que, de acordo com a proposta de OE2015 apresentada, passará a ser tutelada pelo Ministério da Saúde, quando até aqui estava sob a alçada do Ministério da Administração Interna.

"Temos a convicção que aquilo que os polícias pagam mensalmente ultrapassa a própria despesa do subsistema, portanto queremos saber porque é que no momento em que este subsistema não traz qualquer encargo para o Estado, é que vai passar para o Ministério da Saúde", apontou.

O responsável pela associação sindical deixou ainda uma outra questão, relativa ao projeto de estatuto da PSP que está neste momento a ser elaborado - se vai "resolver alguma coisa". "Para que tal aconteça, o nosso orçamento tem de aumentar. Ora, se este vai diminuir, como é que o ministro Miguel Macedo vai resolver os problemas?", questionou.

A proposta do OE2015, entregue pela ministra das Finanças ao Parlamento no dia 15 de outubro, prevê um orçamento para a segurança interna de 1.963 milhões de euros, o que se traduz num corte de 4,2% face a 2014.

ANYT // JGJ

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