ICBAS quer construir hospital veterinário de grandes animais na Maia

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Porto Canal / Agências

Porto, 22 out (Lusa) -- O diretor do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) da Universidade do Porto, António Sousa Pereira, anunciou hoje pretender construir um hospital veterinário de grandes animais na Maia.

Segundo o responsável, "o ensino da medicina veterinária vive hoje também uma fase decisiva", tendo o ICBAS "um aumento sustentado do número de alunos, o que obriga a repensar instalações, nomeadamente para o ensino clínico".

O projeto para a construção de um novo hospital veterinário de grandes animais na Maia está já em "adiantada fase de desenvolvimento".

Em declarações à Lusa, o diretor referiu que a ideia é, pelo menos, ter já em abril de 2016 o hospital em construção, que está orçada em cerca de três milhões de euros.

Quanto ao financiamento, Sousa Pereira disse que vai ser anda preciso "procurar um modelo de financiamento", mas se for possível, o projeto candidatar-se-á a fundos comunitários.

O diretor do ICBAS disse ainda que este novo hospital irá substituir o existente em Vairão, em Vila do Conde, que "tem vários tipos de deficiências" e cujos custos de manutenção são "enormes", uma vez que foi instalado numas instalações cedidas pelo Ministério da Agricultura.

"Nós queremos ter um hospital e um centro que dê apoio à experimentação animal, estando o desenho do projeto a ser feito em colaboração com a Câmara da Maia", concluiu.

O anúncio foi feito hoje, no âmbito da cerimónia oficial de abertura do ano letivo 2014/2015 do ICBAS, que contou com a presença do ministro da Saúde, Paulo Macedo.

Sousa Pereira referiu também que, no âmbito do seu plano estratégico de desenvolvimento para a próxima década, o ICBAS identificou várias áreas de investigação que considerou críticas na evolução dos cuidados de saúde e da sociedade.

Identificando como exemplo o cancro, doenças neuro-degenerativas e infeções emergentes, o responsável apontou o Ébola para afirmar que, atualmente, "não é mais possível separar as diferentes áreas do conhecimento nas ciências da vida".

"O vírus causador do Ébola tem como hospedeiros naturais diferentes tipos de animais e aparentemente passou para os humanos através de hábitos alimentares peculiares de alguns tipos populacionais", disse, acrescentando ser necessário "não só a participação de médicos mas também de veterinários e talvez até de antropólogos que conjuntamente pensem soluções para o futuro".

No âmbito desta visita do ministro ao ICBAS foi também inaugurado o novo Centro Biomédico de Simulação, uma infraestrutura "que resulta dos avanços tecnológicos na área dos materiais, bem como da bioinformática, e que é fundamental para a aprendizagem pré e pós graduada", salientou o diretor.

Neste centro, que resultou de um investimento de 500 mil euros, os estudantes podem "testar e experimentar intervenções e tratamentos em robots que simulam as condições reais de pacientes em determinadas patologias".

JAP (PM) // JGJ

Lusa/fim

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