Passos confirma que Crato chegou a pôr o lugar à disposição

| Política
Porto Canal com Lusa

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, reiterou hoje a sua confiança no ministro da Educação e sublinhou a forma como Nuno Crato assumiu e resolveu os problemas da contratação de professores.

Confirmando que o ministro da Educação colocou o lugar à sua "inteira disposição", Passos Coelho enfatizou a forma como Crato se empenhou na resolução do problema da colocação dos professores.

"Só significa que acertei quando o escolhi para ministro da Educação", referiu.

Elogiou o "grande sentido de responsabilidade" demonstrado pelo ministro da Educação, "ao querer assumir e corrigir" o problema, em vez de "sacudir a água do capote".

Segundo Passos Coelho, o Governo está agora "praticamente em condições de dizer" que os problemas no concurso estão resolvidos, podendo já os docentes apresentar os prejuízos sofridos com os erros, para serem ressarcidos.

As escolas estão também a definir a forma de compensar os alunos pelo tempo que estiveram sem professores, mas sem os "sobrecarregar" com aulas suplementares.

"Foi um tempo conturbado, este por que passámos", admitiu o primeiro-ministro, aludindo a um início de ano letivo "mais atribulado" do que o esperado pelo Governo, com "quase dois por cento" dos professores afetados com erros no concurso.

Aludiu ao investimento feito em equipamentos educativos mesmo em tempos de crise e lembrou ainda que este Governo vai instituir, já a partir do próximo ano letivo, o Inglês como disciplina obrigatória a partir do 3.º ano do 1.º ciclo do ensino básico.

Passos Coelho falava em Esposende, durante a inauguração de um centro escolar em Forjães, que significou um investimento de 2,6 milhões de euros.

À sua espera, o primeiro-ministro tinha uma manifestação com cerca de 100 pessoas, na sua esmagadora maioria afetos à CGTP, que pediam a sua demissão.

Passos Coelho respondeu-lhes, indiretamente, durante o discurso, afirmando que não é um primeiro-ministro "com os nervos à flor da pele" e "a acudir à pressão".

"Se fosse, Portugal talvez tivesse tido, nestes três anos e pouco, mais do que um Governo, mais do que um resgate e mais do que um programa de austeridade. Um Governo tem de ter sentido de responsabilidade", acentuou.

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