Montagem do Circuito da Boavista custava à Câmara do Porto 2,2 ME

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Porto Canal / Agências

Porto, 15 out (Lusa) -- Os custos de montagem do Circuito da Boavista, a cargo da Câmara do Porto, rondam os 2,2 milhões de euros, disse hoje à Lusa fonte da autarquia, que suspendeu o evento devido à falta de apoio do Estado.

Em 2011, o então presidente da autarquia, Rui Rio (PSD), indicava que a Câmara gastava cerca de 700 mil euros com a prova, comparticipada pelo Turismo de Portugal (TP) em 1,4 milhões de euros.

O executivo liderado pelo independente Rui Moreira anunciou hoje não ser "comportável para o orçamento municipal" o gasto de "perto de três milhões de euros numa prova de automobilismo", depois de, em julho, o autarca ter escrito ao Turismo do Porto e Norte de Portugal a pedir 650 mil euros para o evento de 2015.

"Não sendo comportável para o orçamento municipal nem entendível para os portuenses que a Câmara despendesse perto de três milhões de euros numa prova de automobilismo, [a autarquia] decidiu não realizar em 2015 o circuito, já que suportar os seus custos sem o habitual apoio do TP poderia pôr em causa as "boas contas" do município, hipotecando outros investimentos e compromissos considerados fundamentais", justifica o comunicado hoje divulgado.

Na carta escrita ao Turismo do Porto e Norte de Portugal a que a Lusa teve acesso a 29 de julho, Rui Moreira alertava que, sem o apoio de 650 mil euros até agora garantido pelo TP, a Câmara não poderia "assegurar a realização, em 2015, daquele que é considerado o maior evento desportivo em Portugal".

"O município suportará todos os restantes custos inerentes à organização da prova e que ascendem ao montante estimado de 2,1 milhões de euros", escrevia ainda o autarca.

Fonte camarária esclareceu na altura à Lusa que o valor a cargo do TP, indispensável para a realização da prova do Campeonato do Mundo de Carros de Turismo (WTCC), dizia respeito à compra de uma campanha publicitária no canal televisivo Eurosport, organizador da competição.

"Era esse 'fee' [taxa] que era da responsabilidade do TP. Em vez de exigir dinheiro, a Eurosport exigia a compra de uma campanha publicitária a preços atrativos", explicou.

Em 2011, Luís Patrão, presidente do Instituto de Turismo de Portugal, revelou que aquele organismo apoiava o evento daquele ano com "1,6 milhões de euros, o mesmo que nos outros anos".

Um ano depois, a propósito das dúvidas da oposição sobre o relatório de contas da empresa municipal Porto Lazer (que tinha organizado pela primeira vez o Circuito da Boavista) fonte da autarquia afirmou que o evento tinha custado à Câmara 700 mil euros.

Rui Rio relançou em 2005 as corridas no Circuito da Boavista (célebres nas décadas de 50 e 60 do século XX), inicialmente com carros históricos e, dois anos depois, juntando-lhe as provas do WTCC.

A iniciativa mereceu fortes críticas, nomeadamente por ser considerada contraditória com as opções de um autarca que pautava a atuação pelo rigor nas finanças, mas Rio sempre defendeu o forte retorno financeiro para um reduzido investimento municipal, chegando a considerar as corridas como uma alavanca contra a crise.

ACG // MSP

Lusa/fim

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