Viana do Castelo, 16 jul (Lusa) - A Câmara de Viana do Castelo anunciou hoje que pretende transformar um dos mais antigos hotéis de cidade, encerrado desde 2011, numa incubadora de indústrias criativas ligadas à economia e ao mar.

A intenção foi transmitida pela autarquia em comunicado e em causa está o Hotel Aliança, situado no centro histórico da cidade de Viana do Castelo, decorrendo já contactos com os proprietários para fazer o levantamento do edifício.

O objetivo passa por "refuncionalizar" o espaço e permitir a "interação" das atividades a desenvolver no local com a comunidade. A recuperação do imóvel deverá ser alvo de uma candidatura a fundos do próximo Quadro Comunitário de Apoio, indicou ainda a autarquia.

Os quartos de hóspedes serão transformados em espaços de apoio aos criadores e as áreas comuns utilizadas para exposições.

"Gostaríamos de lançar as indústrias criativas mais ligadas à economia, ao mar, ao artesanato, madeiras e cerâmicas. Áreas em que já temos conhecimento", explicou o presidente da Câmara de Viana do Castelo, José Maria Costa.

A história deste imóvel remonta a 1798, então denominado de Hotel Águia de Ouro. Em 1907 passou a designar-se como Hotel Aliança, sendo na altura do seu encerramento, em 2011 e com a mesma designação, o mais antigo em funcionamento na cidade. Tinha então 22 quartos e 44 camas, ostentando a classificação de duas estrelas.

A criação desta incubadora criativa resulta do projeto Viana Criativa, promovido pela autarquia, pela associação empresarial e pelo instituto politécnico local, que ao longo do último ano mostrou que Viana do Castelo "cumpre os requisitos para ter um ambiente favorável para a criatividade", passando por isso a integrar o roteiro das "Slow Cities".

A futura incubadora será um local de acolhimento para jovens talentos que iniciem a sua atividade, mas também um espaço para promoção dos respetivos trabalhos. "Estamos a trabalhar num grupo base para lançamento desse projeto, jovens que já estejam implementados no mercado para ajudar os mais novos", rematou José Maria Costa.

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