Exportação de castanha abre mercado a outras produções transmontanas

| Norte
Porto Canal / Agências

Bragança, 16 jul (Lusa) -- A maior transformadora e exportadora de castanha, a Sortegel, de Bragança, está a alargar a área de negócio a outros produtos agrícolas com a promessa de ajudar os pequenos agricultores a escoar toda a produção, informou a empresa.

Criada há 25 anos, a empresa tornou-se numa referência da castanha, um dos produtos agrícolas mais rentáveis da região transmontana, com clientes em 12 países e as exportações a representarem quase 80% da faturação anual de 17 milhões de euros.

Aplicar a experiência e conhecimento deste negócio a outros produtos da região é a aposta para a nova fase de expansão, com um convite aos pequenos produtores locais para que se juntem ao projeto, como indicou à Lusa o presidente do Conselho de Administração, José Alfonso Mateo Garcia.

"Pretendemos ser dinamizadores dos produtos de Trás-os-Montes, que outras produções se juntem a nós e utilizem o conhecimento que temos para colocar os produtos internacionalmente", afirmou.

A empresa garante "uma cadeia de escoamento, experiência de venda no estrangeiro e espaço para produzir, embalar e congelar" produtos como a amêndoa, azeitona ou a mais variada fruta.

A estratégia passa, para já, por criar uma rede de pontos de venda nos grandes mercadores abastecedores do país.

Segundo o presidente, desde 01 de julho que abriram dois locais de venda no Mercado Abastecedor de Lisboa, onde se estão "a escoar produtos da região: cereja, pêssego, melão, azeite, azeitona, batata".

Numa região onde a maioria dos que trabalham a terra são pequenos agricultores, a empresa promete escoar-lhes "a produção toda, já com preço marcado".

"Os produtores ganham em terem a certeza quando se associam a nós do escoamento da produção e o preço que lhe garantimos logo", sustentou.

A empresa "ganha mais volume de negócio e fixa fornecedores com uma recolha mais alargada e variada de produtos", segundo os responsáveis que acreditam estarem também a dar resposta a uma lacuna na região: a falta de uma rede de concentração ou recolha das produções.

A Sortegel, instalada em Sortes (Bragança), foi criada por um grupo de agricultores da região e operadores ligados à comercialização de produtos alimentares e adquirida, em 2002, pelo Grupo Galilei".

"Vive numa situação de autonomia financeira, sem sentir a crise", segundo garantiu outo administrador, Vasco Veiga, que atribui o "desafogo financeiro" às exportações e à ligação da empresa à terra.

A empresa trata perto de um terço das 30 a 40 mil toneladas de castanha da Terra Fria Transmontana, a zona de maior produção nacional.

Garante uma centena de postos de trabalho permanentes, número que ascendem a 150 nos meses de campanha.

Da produção anual de castanha, cerca de 25% destina-se à comercialização em fresco e os restantes ao descasque, congelação e transformação.

A empresa coloca este produto em países como França, Espanha, Inglaterra, Itália, Suíça, Hungria, Grécia, Alemanha, Japão ou Brasil.

Para além da castanha, congela e comercializa outros produtos como a framboesa e o morango de montanha que produz nas suas propriedades e está a incentivar os agricultores a cultivarem.

HFI // JGJ

Lusa/fim

+ notícias: Norte

Jovem detido por incendiar escola em Vila Real

Um jovem de 19 anos foi detido, esta terça- feira, pela Polícia judiciária(PJ) por suspeitas da prática de um crime de incêndio na Escola Básica 23 Diogo Cão, em Vila Real.

Câmara de Braga e condomínio julgados pela morte de três estudantes em 2014

O julgamento de uma ação de indemnização relacionada com a morte de três alunos da Universidade do Minho esmagados por um muro em 2014 arrancou hoje, sendo os réus a Câmara de Braga e uma empresa de condomínios.

Ponte móvel de Leixões vai encerrar durante mais de um ano para obras de modernização

A APDL - Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo publicou em Diário da República, esta quinta-feira, um concurso público para a modernização da Ponte móvel de Leixões. O prazo de execução é de 425 dias, o correspondente a 14 meses.