Maria Luís defende que venda do Novo Banco deve ocorrer o mais depressa possível
Porto Canal
A venda do Novo Banco deve ocorrer o mais depressa possível, o que não significa que vai ser feita "nem à pressa nem ao desbarato", garantiu hoje no Parlamento a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque.
Questionada pelo deputado socialista João Galamba sobre a venda estar datada, a governante reafirmou que deve ocorrer "no prazo mais curto possível para vender o banco em boas condições", referindo que o "enquadramento da resolução não se coaduna com um plano de reestruturação de cinco ou seis anos".
"Como tal, a venda deve ser rápida, o que não significa à pressa nem ao desbarato", declarou Maria Luís Albuquerque, que está a ser ouvida na comissão parlamentar de Finanças, Orçamento e Administração Pública, no parlamento, sobre a demissão da administração constituída por Vítor Bento, José Honório e João Moreira Rato, três meses após assumirem funções.
Em relação à modalidade de venda, Maria Luís Albuquerque limitou-se a dizer que "quando houver uma proposta, o representante do Ministério das Finanças votará de acordo com a posição do Governo", sendo "um dos três votos no Fundo [de Resolução]".
O Novo Banco é considerada uma "instituição de transição", "com uma vida máxima de dois anos", lembrou.
No dia 3 de agosto, o BdP tomou o controlo do BES, depois de o banco ter apresentado prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros, e anunciou a separação da instituição em duas entidades distintas.
No chamado banco mau ('bad bank'), um veículo que mantém o nome BES, ficaram concentrados os ativos e passivos tóxicos do BES, assim como os acionistas.
No 'banco bom', o banco de transição que foi chamado de Novo Banco, ficaram os ativos e passivos considerados não problemáticos.